Dinheiro para motivar os boleiros para o dérbi; se a lição de casa fosse feita, isto não seria necessário

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Existe um desafio no futebol,  a de juntar a obrigatoriedade de vitória gerada pela paixão com o profissionalismo de  atletas e treinadores. Como vivemos uma semana especial, uma pergunta surge no horizonte: o que as diretorias farão para motivar os atletas para o clássico de sábado às 19h, no Majestoso?

Este jornalista já apurou que a diretoria executiva da Ponte Preta tenta arquitetar uma premiação polpuda em caso de vitória sobre o rival. No Guarani, ao ser questionado pela reportagem, o presidente Palmeron Mendes Filho afirma que o assunto está sendo tratado internamente. Ou seja, é quase certo que haverá premiação. Só não pode dizer.

Se pensarmos de modo aprofundado, em um mundo ideal, não existiria necessidade de fustigar a ambição dos atletas por intermédio de um doping financeiro. Infelizmente, muitos vestem as camisa de Ponte Preta ou Guarani, sem possuir a mínima noção daquilo que está em jogo.

Tenho convicção de que tal problema não é do goleiro pontepretano Ivan e pelo volante Ricardinho. Um foi criado nas categorias menores da Macaca e sabe o tamanho exato da rivalidade pelos diversos derbinhos que disputou. Já Ricardinho foi apresentado ao clássico no ano passado e agora não há necessidade de prêmios extras para motivá-lo.

Quem for contratado por Ponte Preta ou Guarani deveria receber livros, obras jornalísticas e documentários que explicassem o sentido e a importância para a cidade do clássico. No fundo, no fundo, oferecer dinheiro aos boleiros é apenas uma forma de encobrir nossa deficiência para carregar um legado de algo que não é um clássico e sim uma instituição.

(Elias Aredes Junior)