Doriva admite decepção com derrota, isenta Renan Fonseca e projeta recuperação

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O técnico Doriva, em entrevista coletiva após derrota por 1 a 0 para o Paysandu, reconheceu as dificuldades da Ponte Preta na partida e admitiu estar frustrado com o resultado logo na estreia da Série B do Campeonato Brasileiro.

“O placar é muito decepcionante. Esperávamos estrear com vitória, mas não tivemos capacidade de transformar volume em gol. Fomos vazados em erro individual. O adversário já viria fechado com uma linha de cinco atrás. Com a vantagem, se fecharam ainda mais, exploraram nosso erro e saíram com a vitória. A gente tentou criar, mas não tivemos capacidade de marcar. As chances surgiram, poderíamos ter mudado o panorama da partida, mas não deu certo”.

“Este jogo é a cara da Série B e temos que tirar lições. Não tivemos atmosfera de partida, é ruim, a torcida faz falta, mas precisamos aprender para não cometer esses vacilos. É preciso ter mais contundência e diminuir a margem de erro. Falhamos em passes simples e oferecemos contra-ataque. Mais de 90% dos adversários que vierem a Campinas vão nos enfrentar deste jeito, bem fechado”, concluiu.

Doriva analisou a estreia de Tony, titular pela primeira vez desde que foi contratado, graças à venda de Emerson, até então absoluto na lateral-direito, ao Atético-MG. “O Emerson estava habituado com a equipe. É jogador com volume ofensivo importante. Neste sentido, perdemos potência no ataque, não conseguimos atacar com frequência na direita. Não criamos muito. O Tony não conseguiu realizar ultrapassagens e fazer o jogo dele”.

O comandante também isentou Renan Fonseca da responsabilidade do revés no Majestoso. O zagueiro errou de tudo que tentou na partida e falhou no domínio, na entrada da área, que culminou no gol do Papão. “A gente fala, orienta e mobiliza todos no vestiário. Acredito que tenha sido desatenção, um vacilo. Não cometemos só um, mas alguns. Na defesa, é chance de falha zero. Eu falo para os jogadores darem o chutão, pois qualquer erro naquela zona é fatal. Vacilos acontecem, não vamos execrar ninguém”.

COMO UTILIZAR BARCELOS E CRISTALDO?

“O Danilo é bem versátil. A gente tem que buscar extrair o melhor do atleta. Vou avaliar os treinamentos e até os jogos para saber a melhor maneira de utilizá-lo. É evidente que vai acrescentar bastante ao longo da competição, seja na lateral-esquerda ou no ataque. Já o Cristaldo é experiente, jogou no Palmeiras e chega para somar. Espero poder dar todas as condições para que possa render o máximo”.

SEQUÊNCIA DA TEMPORADA:

“A gente precisa vencer, a competição começou e não entramos nela ainda. Essa derrota é muito dolorida, gostaria de ter um cenário melhor. Sei da realidade da Série B, mas a reação tem que ser imediata. Não conseguiremos treinar muito, temos viagens longas e desgastantes a Recife e a Criciúma, porém vamos trabalhar para reagir o mais rápido possível”.

(texto e reportagem: Lucas Rossafa/foto: Fábio Leoni – Ponte Press)