Exclusivo: empresário cobra na Justiça empréstimo de R$ 1,5 milhão contraído pela Ponte Preta na administração do ex-presidente Vanderlei Pereira

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Proprietário e sócio da farmacêutica EMS, o empresário Marcus Vinicius Sanchez Secundido entrou com processo contra a Ponte Preta na oitava Vara Cível de Campinas e pede R$ 2,4 milhões, referente a um empréstimo concedido em setembro de 2017, durante a gestão do ex-presidente Vanderlei Pereira. O processo está registrado com o número 1004438-06.2020.8.26.0114 e o juiz encarregado de analisar a ação é Herivelto Araujo Godoy.

O valor seria devolvido de uma única vez mas com correção pela correção monetária do IGP-M\FGV e acrescido de juros de mora determinada na ocasião para a devolução do empréstimo. “(…)Ocorre que, até o presente momento não houve a devolução do aporte”, afirmou o advogado no texto.De acordo com o pedido assinado pelo advogado Guilherme Teodoro Munhoz, o valor original era de R$ 1,5 milhão e ficou estabelecido em contrato que a devolução seria realizada no dia 04 de setembro de 2019, data em que José Armando Abdalla Junior ainda era o presidente do clube. O acordo não foi cumprido na data estipulada.

Para se resguardar de um possível atraso no pagamento, o empresário estabeleceu que penalidades seriam aplicadas a Ponte Preta como multa de 10% sobre o valor total devido, além de juros na ordem de 1% ao mês e correção monetária pelo IGP-M\FGV até a data da restituição total.

A nova diretoria da Macaca já tinha sido avisada por notificação judicial no dia 12 de novembro, mas não houve retorno. Na data deste comunicado, o presidente já era Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho. “(…) Inúmeras tentativas de solução amigável foram buscadas,seja por e-mail, telefonemas, Whatsapp, entre outros, em vão”, lamenta o texto assinado pelo advogado.

A reportagem do Só Dérbi entrou em contato e integrante do departamento juridico da Ponte Preta, o advogado Felipe Artioli que afirmou: o clube não foi citado até o momento e que por enquanto não haveria condições de se manifestar sobre o assunto, algo que será feito assim que tomar ciência por completo do tema. 

(texto e reportagem: Elias Aredes Junior)

3 Comentários

  1. .. .assim caminha a nossa pobre macaca ( com as suas tetas enormes de tanto que os interesseiros mamaram )…WP irá acusar Abdalla que irá dizer que a culpa é do atual presidente e responsável pelas contas do clube Tiaozinho que por sua vez dirá que a culpa é das gestões anteriores….e esse círculo vicioso onde os antigos acusam o atual e o atual acusa os antigos mas na verdade todos são FARINHA DO MESMO SACO a 23 anos !!!!..Que Deus tenha piedade de nós pontepretanos , pois nossos dirigentes não tem a mínima e muito menos respeito pela torcida e instituição !!

  2. Em primeiro lugar vamos admitir que realmente tenha sido um empréstimo financeiro.

    A primeira pergunta que devemos fazer é: estaria a EMS autorizada pelo Banco Central e a CVM a operar como instituição financeira pra fazer essa transação financeira de empréstimo? Segunda pergunta, porque que com tantas instituições financeiras existentes, os dirigentes da Ponte optaram por fazer empréstimo junto a uma empresa farmacêutica? Em passado recente, e até foi registrado no balancete, descobrimos a existência do pagamento de outro “empréstimo”, agora feito junto a Elenko Sports no valor de R$ 1 milhão. Parece que “emprestar” dinheiro de agentes não financeiros virou rotina na Ponte.

    Contudo, sabemos que nesses dois casos da Ponte e noutros mais que não temos conhecimento em diversos clubes brasileiros, que não se tratam de “empréstimos” financeiros, mas sim de meras farsas contábeis – feitas com anuência de presidentes e de diretores financeiros – com objetivo de driblarem a norma da Fifa que permite que apenas os clubes possuam os direitos econômicos de atletas.

    Como não podem fazer a cessão de direitos econômicos dos atletas diretamente para os empresários, os clube utilizam dessa farsa contábil fazendo a venda de forma indireta via “empréstimo”. Quando o atleta é negociado, o clube faz o pagamento do “empréstimo” para o empresário e certamente racham os lucros.