Federação Paulista aponta rebaixamento nas gestões de Ponte Preta e Guarani. Alguma surpresa?

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Acompanho jornalisticamente o futebol campineiro desde 2008. Nestes 14 anos de cobertura sempre sou acusado de que tenho má vontade com os dirigentes. Ou de que forço a barra. Que o quadro não é tão ruim assim. Que os comandantes dos clubes colhem dividendos positivos.

Pois é. Anteriormente, as duas gestões utilizavam o prêmio de excelência de gestão da Federação Paulista como um álibi de que tudo estava no caminho certo. No ano passado, a Ponte Preta foi agraciada na categoria ouro e o Guarani ficou na bronze. Argumentos poderosos contra aqueles que desejam a transparência.

Neste ano, tudo foi diferente. A Ponte Preta ficou na categoria bronze e o Guarani ganhou selo de participação. Ou seja, as duas gestões foram rebaixadas de patamar.

A mudança de avaliação fica próxima da realidade, mas não esconde distorções. No ano passado, a Macaca terminou o ano com salários atrasados e a estrutura do clube está aos pandarecos, como mostram vídeos nas redes sociais? Como pode ser considerado um clube de excelência e na categoria bronze? Não dá.

Já o atual Conselho de Administração do Guarani bate no peito por conquistas, quitação de dívidas. A verdade é que não sabemos o que aconteceria se a Justiça do Trabalho estivesse mais distante do Brinco de Ouro.

Resumo da ópera: pela maneira como foram administrados nos últimos anos, participar da Série A-1 do Paulista e da Série B do Brasileiro é um milagre. E dos grandes.

(Elias Aredes Junior)