O Guarani tem 49 pontos. Se somar mais seis pontos supera a campanha de Umberto Louzer em 2018, quando acumulou 54 pontos. A torcida, entretanto, quer porque quer 63 ou 64 pontos. No meio deste caldeirão está o técnico Daniel Paulista. Se ele conseguiur superar a marca de Louzer mas ficar sem uma das quatro vagas ele será considerado um treinador bom ou ruim na história do Guarani? É um assunto instigante.
O Guarani era ofensivo, destemido, chegou a figurar no G4 e Daniel Paulista vivia quadro confortável. A saída de Davó rumo ao futebol norte-americano derrubou tudo. O time ficou previsível. Por um lado podemos dizer que ele foi prejudicado pela conjuntura. Perdeu um jogador importante em hora decisiva. Só que não soube formular um “Plano B” capaz de retomar a produtividade.
Mais: os 54 pontos somados por Louzer em 2018 tinham um álibi poderoso: a conquista da Série A-2 do Campeonato Paulista. A torcida ficou decepcionada, mas creditou o fracasso muito mais ao ex-presidente Palmeron Mendes Filho do que ao técnico de plantão.
Considero Daniel Paulista um técnico com belo potencial. Mas precisa evoluir. Mesmo se conseguir o acesso não podemos dizer que é um técnico pronto. E se analisarmos o comportamento da torcida bugrina, ávida por viver o clima de primeira divisão, dá para cravar: só o acesso isenta Daniel Paulista de qualquer culpa. É cruel? Concordo. Mas é a dura realidade do futebol brasileiro.
(Elias Aredes Junior-Foto de Thomaz Marostegan)
