Guarani: a ponderação não pode ser derrotada pela euforia desmedida

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Golear na rodada inicial de uma competição com 38 rodadas é um alento e tanto para quem deseja fazer história. Contar com um armador de qualidade é caminho certo para pelo menos não passar por sustos e dissabores até novembro.

O Guarani só tem boas noticias acumuladas após a estreia e a vitória por 4 a 0 contra o Avaí. Talvez o otimismo seja ainda mais inflado pela postura correta de dois personagens após o jogo.

O primeiro é Régis, que demonstrou integração, vontade, determinação e respeito a camisa do Guarani.

Não foram apenas as participações em dois gols e o tento de pênalti. É a postura, as palavras colocadas e a disposição de fazer dar certo um time que gerou desconfiança sua torcida durante o Paulistão.

Tem o treinador Bruno Pivetti.

Não sabemos quanto tempo vai durar Bruno Pivetti no Guarani. Hoje ele é mocinho. Bastam duas ou três derrotas para que ele vire vilão. Independente do julgamento sumário,  sua ponderação pode e deve ser elogiada. Quando ele vai em uma entrevista coletiva e valoriza o coletivo, o recado ao vestiário é claro: Régis é vital, mas sem a participação de vocês nada dará certo. E Pivetti sabe que muita coisa será corrigida.

Cada treinamento tem que ser aproveitado ao máximo. Os confrontos devem ser analisados sob uma ótica diferenciada.

No próximo sábado, o Guarani tem uma prova de fogo. Vai enfrentar um castelão com portões fechados e um dos favoritos ao acesso, o Ceará. Que ninguém se iluda com o tropeço diante do Ituano. O investimento feito pelo Vovô e sua estrutura, tudo é feito para levantar a taça.

O Ceará é favorito para ganhar a partida. Favoritismo, entretanto, não ganha jogo. Não é selo de três pontos no bolso.

O Guarani tem instrumentos para incomodar. Não é somente Régis. Bruno José exibe dotes com sua velocidade. Os erros em finalização não tiram o valor de Bruninho e Bruno Mendes pode e deve crescer ainda mais. Sem contar que até quinta-feira novas contratações devem ser anunciadas.

O que fica de saldo deste puro suco de futebol brasileiro?

Que o Guarani está vivo. Pulsa.

Pode sonhar em proporcionar dias melhores ao seu torcedor. E que pode ser um adversário incomodo e competitivo na Série B do Campeonato Brasileiro. Mesmo que seus dirigentes estatutários por vezes queiram atrapalhar. Não conseguem. O Guarani é, antes de tudo, um forte.

(Elias Aredes Junior com foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)