Após a despedida da Série B no duelo contra o Internacional, o foco do Guarani está voltado inteiramente para o processo de reformulação do elenco que jogará na Série A2 do Campeonato Paulista. Apesar da reapresentação do grupo estar marcada para meados de dezembro, a movimentação nos bastidores já foi iniciada e as tarefas divididas pelo presidente Palmeron Mendes Filho.
O superintendente de futebol, Luciano Dias, contará com o auxílio de Anaílson Neves como consultor em todo processo de montagem da equipe. Antigo dono da função, Neves foi desligado há 49 dias, mas segue atuando nos bastidores e convivendo diariamente nas funções de sócio e membro do Conselho bugrino. A principal tarefa do departamento de futebol será a definição da comissão técnica.
Lisca já deixou claro que deseja participar ativamente na escolha dos jogadores contratados, mas tal condição gerou certo desconforto dentro do Brinco de Ouro. O clube conta com apoio de empresários como forma de manter em dia a saúde financeira e conseguir atletas de alto nível para as competições que irá disputar em 2018.
Nos últimos anos, Lisca participou apenas de uma montagem de elenco. Foi em 2015, no Joinville, quando o resultado foi desastroso e a equipe sofreu com rebaixamento no Campeonato Brasileiro daquela temporada. Pensando assim, Luciano Dias será responsável por intermediar os desejos da comissão técnica, empresários e diretoria. O objetivo é buscar equilíbrio para que um elenco competitivo seja formado sem desagradar nenhuma parte.
O Bugre segue em negociação para renovação de contrato de alguns titulares. Lenon, Bruno Mendes e Salomão já têm contratos garantidos. Leandro Santos, Diego Jussani, Willian Rocha, Baraka, Luiz Fernando e Richarlyson estão na lista dos cotados para o Campeonato Paulista. O meia Fumagalli ainda pondera aposentadoria. Já Caíque, Bruno Nazário e Ewerton Páscoa, entre os principais atletas, devem deixar o Brinco.
(texto e reportagem: Júlio Nascimento)
A torcida pediu a saída do Anaílson Neves, o presidente fala em coletiva de imprensa que ele foi injustiçado e, por fim, a diretoria resolve mantê- lo no cargo. Quer dizer, mantém tudo do jeito que está ???
Infelizmente, não dá para ter confiança e credibilidade no planejamento para o ano que vêm. Enquanto essa diretoria não trouxer um executivo de futebol, não vejo perspectiva de melhoria. Eu também não acho correto o treinador ser responsável pelas contratações. Tem que haver um consenso entre todos.
Infelizmente neste momento tenho que ser crítico, pois parece que não há interesse em buscar o melhor para o clube, se reorganizar, buscar parcerias, tentar se equiparar com os clubes da série B. O Guarani não pode ficar somente preso ao passado. Humildade, pés no chão e mãos à obra.
Desejo boa sorte ao Luciano Dias que nos deu um acesso quando foi treinador e sabe das dificuldades do clube.