Guarani é a necessidade: reação imediata no Paulistão. Para não chorar depois!!!

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Alguns fatos não mudam. Comportamentos ficam inalterados. O Guarani perdeu na estreia do Campeonato Paulista para o Santo André fora de casa por 1 a 0. Uma derrota que poderia ser assimilada de maneira coerente se não fosse por um detalhe: a tabela é indigesta para o Guarani. 

Vai receber o Santos. Que já é grande por si só e agora tem uma motivação extra, que é a de utilizar cada partida para homenagear o Rei do Futebol.

Torcida Ùnica? Pouco Importa.

O jogadores santistas certamente estarão motivados. Vão buscar a vitória.

E depois desta pedreira, o Guarani recebe o Ituano. O mesmo Galo de Itu que brigou com o Vasco por uma vaga na primeira divisão até a ultima rodada. O mesmo que arrebentou com o Guarani no ano passado no auge da crise técnica e na luta contra o rebaixamento na Série B. 

Sim, o quadro é delicado. Mas não é hora de desespero. Pânico não resolve. É hora de raciocinar e pensar naquilo que pode ser feito para devolver qualidade técnica ao time bugrino. Algo que o próprio técnico Mozart admitiu encontrar-se em falta. 

Montar um time de futebol assemelha-se a um quebra cabeça. E duas peças estão ausentes nesta nova concepção tática bugrina. 

Em primeiro lugar, um volante de transição. Sim, não vamos dourar a pílula: Rodrigo Andrade faz uma falta tremenda. A velocidade, o passe bem medido e a aparição como elemento surpresa na área adversária. Tudo isso faz falta no Guarani. E por enquanto não apareceu ninguém no elenco com capacidade para resolver a demanda. Algo que afetou o próprio Giovanni Augusto.

Não existe ninguém capaz de apresentar uma centelha de criatividade no meio-campo para surpreender o adversário. 

Como desgraça pouca é bobagem não existe ninguém para colocar a bola na rede. Antigamente era fácil: bola para Jamerson, ele corria até a linha de fundo e efetuava o cruzamento para o complemento soberbo de Yuri Tanque.

Nem precisa falar: o Guarani tem Jenison. A pergunta salta aos olhos: por que ele não é utilizado? Vou além: neste deserto ofensivo porque Bruno Michel não é escalado desde o início? Pois é. Fica a impressão que a solução está ao alcance de Mozart e ele não enxerga. 

Não é questão de criticar por criticar.

Não é implicância.

Até porque a comissão técnica e o atual comando do futebol já comprovaram o potencial para fazer boas escolhas.

O drama é que o Paulistão não permite cochilos. A ação precisa ser rápida, efetiva e com soluções práticas. E desde o jogo contra o Santos. Nem que seja para colher um empate. Pelo menos vão faltar 11 pontos para a permanência. E de certa forma dar fôlego para voltar a sonhar. O que não é permitido é deixar que o inferno do rebaixamento bata à porta de um clube que alardeia estabilidade, financeira, administrativa e política. É hora de agir. Antes que seja tarde. 

Elias Aredes Junior-com Foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C