Guarani e Série B: que cada faça sua parte daqui em diante

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Não existe um só bugrino que não tenha aberto um sorriso neste final de semana. Vencer o Tombense, chegar aos 26 pontos e ainda nutrir esperanças de permanência na Série B é um consolo para uma torcida cansada de sofrer após tantos meses de desilusão.

Ainda está na zona de rebaixamento? Sim. Mas nos últimos três jogos, o time somou seis pontos e venceu em casa. E perdeu o dérbi por detalhes. 

Ou seja, o time reagiu. Tem uma maneira de jogar e alguns jogadores claramente melhoraram de produção. Só que entramos em uma semana perigosa, em que a ansiedade e a aflição podem desbancar o otimismo. Serão dois jogos em curto espaço de tempo e a exigência de somar pontos está colocada na mesa. 

Primeiro uma batalha contra o Vasco em São Januário. Estádio lotado, adversário presente na zona de classificação e em busca da vaga bendita da divisão de elite. Pior: o único time que não visitará Campinas nesta edição da Série B devido a venda do mando de campo no primeiro turno e que fez o Guarani empatar sem gols em Manaus.

Três dias depois será o embate com o Sampaio Correa em casa. Jogo para vencer e quem sabe dair da zona incomoda na classificação. 

Bem, se fosse encaminhar um conselho para o torcedor bugrino seria simples e prático: não sofra por antecipação. Jamais.

Evidente que jogar contra o Vasco fora de casa parece o decreto de uma derrota. Assim como foi diante do Grêmio e como será contra Bahia e Cruzeiro na reta final da competição. E não há fugir da constatação que a tensão devem dar as caras antes do confronto com o adversário maranhense. Sem alto aproveitamento no Brinco de Ouro é impossível pensar em permanência. Concordo. Fato. 

Mas também é verdade que não podemos ignorar que a postura dos jogadores mudou. Que eles dão 110% no gramado e entenderam a gravidade do momento.

Que existe um treinador, que, apesar de suas teimosias consegue extrair muito do que Marcelo Chamusca. Ou alguém renega a melhoria do sistema defensivo? Ou vamos fechar os olhos para a melhoria técnica de Madison e boa produção técnica do lateral-esquerdo Jamerson? O Guarani de hoje é bem melhor que o de ontem e pode ser melhor amanhã. 

O que a torcida deve fazer? Acreditar. E proporcionar acolhimento para que os jogadores possam entregar tudo que podem para fugirem deste quadro dramático. Por que nós temos capacidade de determinar aquilo que será o amanhã. Mas o torcedor pode evitar que a ansiedade deixe o alivio da permanência cada vez mais longe. 

(Elias Aredes Junior com foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)