Guarani: Fabiano Rosenau e os perigos oferecidos pelo calendário. A torcida terá paciência para esperar?

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Novo responsável pela preparação física do Guarani para a temporada que terá largada no Campeonato Paulista, Fabiano Rosenau admitiu que obstáculos deverão ser ultrapassados até que a equipe tenha o rendimento físico adequado.

Cenário que não foi criado por ele, diga-se de passagem. O calendário apertado faz com que se otimize o tempo de preparação e atividades antes da estreia no último final de semana de fevereiro. “Estamos em um ano atípico, na continuação de 2020 para 2021, com três ou quatro competições seguidas, com pouco tempo de recuperação. O atleta de alto rendimento trabalha com competição, enfrenta adversários, divide a bola… O Guarani tem um trabalho integrado de preparação física, fisiologia e departamento médico para prevenir lesões, seguindo inclusive padrões e protocolos estabelecidos pela Fifa”, afirmou Rosenau, que chega para substituir Ronaldo Torrres, que foi para o Cruzeiro, juntamente com Felipe Conceição.

Não para nisso. Deixar na ponta dos cascos dos jogadores que passaram pelo terremoto da Covid é outra tarefa de hérculos. Algo que já sentiu na própria pele. “É uma situação nova, que nos colocou diante de provações inéditas. Posso dizer por mim, que peguei a Covid. O período de adaptação depois de afastamento é difícil para qualquer um e ainda mais para o atleta, que tem uma perda física durante a parada. O atleta se sente cansado durante os primeiros treinos e jogos. Pode demorar um bom tempo para que ele reverta essa situação e retome o ritmo anterior”, explicou o preparador.

As declarações de Rosenau são coerentes e antenadas com o atual momento do futebol brasileiro. Fica a pergunta: a torcida irá compreender e entender que, caso aconteça algum tropeço no início, esses fatores não podem ser desprezados? Pois é. Que todos tenham maturidade. E que tempo seja concedido para Rosenau colher os frutos.

(Elias Aredes Junior- foto de Thomaz Marostegan)