Guarani foi beneficiado contra o Ceará. Sua missão nos quatro jogos restantes: provar de que não precisa da ajuda de ninguém!

0
969 views

Não há como adotar meio discurso. Ou desculpa esfarrapada. O Guarani foi beneficiado no empate por 2 a 2 com o Ceará. O terceiro gol anulado injustamente pelo bandeirinha e ratificado pelo árbitro Marielson Silva foi uma dádiva para uma equipe que jogava com um homem a menos, estava em precário estado físico e já demonstrava falta de vigor para acompanhar algumas jogadas dos mandantes. Fato.

Vou além: o Guarani não deve contar com tal benesse nas ultimas rodadas, especialmente por causa da complexidade dos jogos, especialmente diante de Luverdense e CRB.

Não ficarei espantado se árbitros com a chancela da Fifa forem designados para comandarem estes embates. É uma vaga na Série B e o consequente pagamento de cota de televisão que está em jogo. Não é pouco.

O benefício recebido de mão beijada pelo Guarani não pode esconder o fato principal: existe uma equipe minimamente posicionada no gramado. Se o erro clamoroso do trio de arbitragem fez um efeito devastador também foi pelo fato de que o Alviverde não se entregou em nenhum momento, apesar dos erros individuais.

É só recordar: o Ceará abriu o placar com Rafael Pereira, Bruno Nazário empatou de pênalti, Diego Jussani viabilizou a virada e Magno Alves aproveitou a falha de Kevin e meteu nas redes.

Típica descrição de jogo parelho e equilibrado. E é por esse ângulo de análise que a reclamação do Ceará faz todo o sentido: o terceiro gol concederia a vitória diante de um oponente tinhoso e guerreiro, apesar de suas deficiências.

Contra Juventude, Goiás e América o Guarani mostrou bola e capacidade para incomodar e vencer e viabilizar a permanência na Série B e fazer o torcedor andar de cabeça erguida. Que o que ocorreu diante do Ceará seja um acidente de percurso e que o Guarani comemore sua permanência. Sem precisar da ajuda de ninguém.

(análise feita por Elias Aredes Junior)