Guarani ganha do Coritiba e Umberto Louzer triunfa sobre a imprensa esportiva de Campinas. De goleada!

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Gosto de estabelecer uma distância regulamentar dos profissionais que atuam no futebol. Não quero e nem posso exercer papel de conselheiro. O que não produz um imediato fechar de olhos para aquilo que é cristalino e escancarado. Umberto Louzer venceu o Coritiba. E bem. E a atuação reforça que nunca, jamais, ele deveria levar ao pé da letra as criticas que recebe dos veículos de comunicação.

Nossa função é apontar os defeitos e fiscalizar. Óbvio. O espírito critico é fundamental para chamar atenção para aspectos fundamentais do cotidiano do clube.

Somente o técnico é que conhece a fundo, a alma do jogador, seus desafios, problemas, dúvidas, ansiedades e frustrações. Só a comissão técnica pode detectar a capacidade do seu comandado de buscar a volta por cima e render dentro daquilo que é esperado.

Se fosse levar em consideração o que nós, cronistas esportivos, afirmamos e defendemos dia e noite, noite e dia, Louzer jamais daria nova oportunidade para Denner. Eu mesmo teci criticas sobre sua lentidão na transição ofensiva e até na recomposição do sistema defensiva. Comprometia como segundo volante ou até como primeiro. Eis que Louzer transforma o jogador em auxiliar de marcação de Ricardinho e William Oliveira e com liberdade para chegar na frente. Desequilibrou.

E Jefferson Nem? Foi incinerado por torcedores e por nós, jornalistas. Apesar de atuar fora de posição. Contra o Coxa, teve liberdade para puxar o contra-ataque e por vezes surgiu na faixa central, o seu posicionamento predileto. De Poveda nem precisamos dizer nada. Entrou e resolveu.

Mérito de Louzer. Nunca desistiu dos jogadores. E jogou na nossa cara que nós, profissionais de imprensa, muitas vezes, precisamos rever os nossos conceitos. Urgente.

(análise feita por Elias Aredes Junior)