Guarani lider do Grupo D do Paulistão. E Fumagalli tem participação indireta no processo. É só pensar

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O futebol é contraditório. Sem sentido. O vilão pode exercer o papel de vilão e mocinho ao mesmo tempo. O Guarani celebra a liderança provisória no grupo D do Paulistão. Com justiça. Um time com solidez tática e integrado ao trabalho de Thiago Carpini. Com variação de jogadas e armadilhas para o adversário. Mérito pleno da comissão técnica.

Existem limitações. Só que isso não apaga o bom desempenho. O que pouca relembra é que por incrível que pareça Fumagalli e Marcus Vinicius Beck Lima, que saíram do clube pelas portas do fundos têm participação no processo. Ainda que minoritária.

Basta relembrar que dos titulares que entraram em campo na sexta-feira contra o Oeste, em jogo realizado na Arena Barueri, o goleiro Jeferson Paulino, o zagueiro Bruno Silva, os volantes Deivid e Igor Henrique e o armador Lucas Crispim foram todos contratados quando o ex-camisa 10 dava as cartas no departamento de futebol profissional. Sem contar Bidu, promovido ainda quando a dupla montava a estrutura. E o próprio Carpini só comanda o Guarani porque foi convidado pelo próprio Fumagalli para ser auxiliar técnico fixo.

Se existe um mérito em Carpini e no executivo de futebol Michel Alves é de tabular uma análise sensata do que foi feito no passado. Aproveitou-se alguns jogadores e encaminhou-se a dispensa de outros. Isso chama-se maturidade profissional.

Esse saldo demonstra que Fumagalli e Marcus Vinicius erraram muito mais na escolha dos treinadores do que nas contratações. Continuo com a tese de que Osmar Loss não foi um desastre completo. Perdeu o dérbi, é verdade, mas deixou o time na divisão de elite regional. Era o que importava.

Duro é defender a contratação de Vinicius Eutrópio. Esse sim, com suas decisões equivocadas e ausência de filosofia de jogo comprometeu de vez o trabalho da dupla anterior do futebol bugrino e quase inviabilizou a permanência na Série B. Que sirva de lição. Para Fumagalli e Marcus Vinicius em seus futuros desafios. E para o Guarani.

(Elias Aredes Junior)