Guarani registra 44 técnicos no Século 21. Como encontrar competência com gestão esportiva tão medíocre?

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Responsável pela cobertura do Guarani para o portal Globo Esporte.com, o competente repórter Regis Mello traz um dado interessante sobre o ótimo aproveitamento de Felipe Conceição (71,1%) em 15 jogos: desde 2001, o Guarani teve 44 técnicos e apenas 18 nomes chegaram a 15 partidas. Uma comprovação clara de falta de rumo e de incompetência. Até a Chapecoense, que neste período teve turbulências administrativas tremendas (lembre-se do terrível acidente aéreo) cravou 40 nomes no periodo.

É um dado simples que explica muita coisa. Todos são culpados. Inclusive os veículos de comunicação. Nestes últimos 20 anos não fomentamos a formação do torcedor para saber que bons trabalhos podem ser construídos em médio e longo prazo. Que não é possível conseguir nada na base da pressão, truculência e improviso. Que viver de troca em troca de profissional na busca apenas de uma singela manutenção de divisão é andar de lado. Deixar de avançar. E render-se a mesmice.  Jornalistas esportivos e torcedores pensam apenas na atualidade. Não vislumbram o futuro.

Os dirigentes são culpados porque não se prepararam aos novos tempos. Nenhum ex-presidente formou dirigentes para o futuro e nem de acordo com preceitos profissionais do futebol. Muitos torcem o nariz para Marco Antonio Abi Chedid, mas ele foi o único dirigente do interior paulista que manteve um treinador de 2007 a 2012, Marcelo Veiga, falecido nesta semana. Quem fez algo parecido no Guarani ou no futebol de Campinas? Ninguém. E neste caminho vocês têm alguma duvida de que Veiga colheu alguns dissabores? Lógico. Mas sempre era analisado o longo prazo.

Que Felipe Conceição possa quebrar este tabu. E que no futuro toda a comunidade do futebol do Guarani aprenda que não há possibilidade de colher frutos sem encarar os espinhos.

(Elias Aredes Junior)