Apesar da boa atuação no segundo tempo, o Guarani parou no bom futebol de Rodolfo e amargou empate por 2 a 2 contra o Boa Esporte, em jogo realizado na noite de terça-feira no estádio Dilzon Mello, em Varginha. O resultado deixou o Alviverde com 33 pontos e busca recomeçar na próxima terça-feira (19), contra o Paraná, no Brinco de Ouro.
Se fosse uma pessoa, o Guarani certamente frequentaria um terapeuta. De uma rodada para outra, o técnico Marcelo Cabo promoveu uma radical de estilo. Saiu o futebol rápido, envolvente e de toques curtos e voltou o lançamento longo, a necessidade dos atacantes disputarem a bola pelo alto com os zagueiros adversários. Aos trancos e barrancos, o time bugrino quase inaugurou o marcador aos 09min em cruzamento de Bruno Nazario, que encontrou Rafael Silva, autor de toque venenoso espalmado pelo goleiro Fabricio.
Foi um lampejo. Primeiro porque a saída de bola foi prejudicada em virtude as saída de William Rocha, lesionado no tornozelo direito. Também era impossível ignorar a lentidão de Fumagalli, útil nas bolas paradas.
O time mineiro, por sua vez, pecava por tentar o chuveirinho na área e forçar o erro do oponente. Só colhia frustração, mas ao mesmo tempo era auxiliado pela ineficiência de Betinho na marcação sobre Felipe Matheus.
Mas o anfitrião tinha outras armas e utilizou aos 43min. Rodolfo dominou na frente de Richarlyson e o volante Evandro e teve espaço suficiente para mirar e bater no ângulo do goleiro Vagner. Golaço.
Vem o segundo tempo e um lance polêmico: o levantamento de bola na área provocou uma disputa entre Ruan e Rafael Silva, que toca a mão na bola. O árbitro Rafael Traci viu pênalti no lance. Fumagalli ignorou a polêmica, bateu e deixou tudo igual.
O gol animou o camisa 10 bugrino, responsável aos 10min de puxar o contra-ataque e tocar para Paulinho, habilidoso em entrar na área e chutar forte para a defesa de Fabricio. Cinco minutos depois, o Boa Esporte quis retornar com o algoz bugrino, em cobrança de falta batida por Reis e cabeceio perigoso de Rodolfo.
Aos poucos e sem alarde, Fumagalli avançou aos 22min e levantou para a área; Ruan atrapalhou-se e chutou para as próprias redes.
O gol desmontou o Boa Esporte, mas com o recuo do Guarani, o Boa Esporte deixou tudo igual aos 44min. Ruan disparou em condição duvidosa e cruzou para a conclusão de Rodolfo, que deu números finais ao confronto. (crônica de Elias Aredes Junior- Foto de Gabriel Ferrari\Guarani Press)
FICHA DO JOGO
BOA ESPORTE-MG
Fabrício; Ruan, Douglas Assis, Júlio Santos e Paulinho; Escobar, Diones (Juninho Souza), Thaciano e Felipe Mateus; Rodolfo e Reis (Casagrande). Técnico: Nêdo Xavier.
GUARANI
Vagner; Lenon, Willian Rocha (Diego Jussani), Éwerton Páscoa e Richarlyson; Evandro, Betinho, Bruno Nazário, Fumagalli (Pablo) e Paulinho (Kevin); Rafael Silva. Técnico: Marcelo Cabo.
Gols: Rodolfo aos 43min do primeiro Tempo; Fumagalli aos03min, Ruan (contra) aos 22min e Rodolfo aos 43 minutos do segundo tempo.
Renda e Público: não divulgados
Cartões Amarelos: Ewerthon Páscoa, Reis
Cartões Vermelhos:
Juiz: Rafael Traci
Local: Estádio Dilzon Mello, em Varginha (MG)
O Guarani foi horrível no primeiro tempo, mas no segundo melhorou e Fumagali mostrou onde pode render mais. Para mim o lance foi penalti, é o tipo de jogada que, se acontecesse em qualquer parte do campo, ninguém reclamaria, mas como é na área, normal a reclamação. E, numa noite em que pela primeira vez apitam um lance polêmico a favor do Guarani, parece-me que para compensar o bandeirinha não viu um impedimento muito mais nítido do que o lance do penalti e deixou a jogada seguir. Pena que o Jussani que tinha retornado bem preferiu reclamar do que seguir adiante na marcação e deu no que deu…
Não, Vagner, o impedimento deixou de ser marcado para compensar o pênalti não assinalado para o Boa, quando um zagueiro do Guarani bateu com a mão na bola
Mão na bola? Vixi, vc está enxergando direito? Foi braço, aliás, colado ao corpo, o braço não estava levantado. Mas poderia ter sido marcado, visto a confusão desta regra atual de penalti. Mas, em todo caso, se foi por isto ou não, não dá para saber.