Guarani: um campo de reflexões para o técnico Umberto Louzer

0
1.298 views

O Guarani começa e termina o ano com um único treinador. Não é pouca coisa. Só para ter uma noção a última vez em que o Guarani ficou com um treinador de janeiro a dezembro foi com o saudoso Zé Duarte, que chegou em 1980 e ficou a temporada inteira de 1981 e só saiu em 1982. Desde então, pelo menos uma troca de treinador acontece anualmente dentro do estádio Brinco de Ouro. Ou seja, o técnico Umberto Louzer tem o que comemorar. O que não quer dizer que devemos ignorar problemas ocorridos na sua trajetória.

Afirmo de cara: ele sofreu com a falta de jogadores de qualidade no banco de reservas, o que lhe deixou refém de um estilo de jogo. Fato. Teve somente Bruno Mendes como opção confiável no setor ofensivo. Padeceu pela falta de confiabilidade do setor de criação, em que Matheus Anjos, Rafael Longuine e Rondinelly foram os ocupantes da faixa central do gramado. Sem contar a demora para acertar a defesa, que ficou estável com o desembarque de Fabricio.

Entretanto, os números revelam a necessidade de reflexões de sua parte. O aproveitamento de 54,90% como mandante é pouco para quem sonhava com o acesso. O provável campeão Fortaleza tem 74,09% na Arena Castelão. Nos últimos seis jogos, ou seja, na hora da reta final, o Guarani conquistou cinco pontos. Em parte por mérito dos adversários, mas as vezes por equívocos no posicionamento seja para atacar ou defender. Resultados: perda de pontos para equipes do porte do Boa Esporte e destruição da confiança do elenco.

Os três jogos devem servir de motivação para Louzer. Buscar vitórias para deixar a equipe na melhor posição possível e indiretamente dar o seguinte recado a diretoria: ok, eu falhei. Mas se vocês me ajudassem eu poderia ir muito mais longe.

(artigo escrito por Elias Aredes Junior)