Jorginho tem total consciência do tamanho do dérbi campineiro. Sorte da Ponte Preta

0
1.289 views

Posso errar em previsões, o que é normal para um cronista esportivo. Como também para o torcedor. Só que em caso de êxito de gestão de Jorginho na direção da Ponte Preta ouso dizer que ele vira candidato a entrar para a galeria como um dos grandes da história. A cada entrevista coletiva, o ex-lateral da Seleção Brasileira demonstra uma percepção impar dos sentimentos do torcedor pontepretano.

Na entrevista que antecedeu ao confronto diante do São Bento, dois tópicos chamaram atenção. Primeiro foi de dar ao clássico com o Guarani o peso que ele merece. Sem tirar um centímetro. “Cada jogo é um jogo diferente. Estou acostumado a viver o clima desse clássico. É sempre algo especial, dentro dos limites da rivalidade é muito bom, nada de violência entre as torcidas”, disse.

Para quem viveu centenas ou dezenas de jogos entre Flamengo x Vasco no gramado ou no banco de reservas não há qualquer desprezo sobre o que envolve o dérbi campineiro. Pelo contrário. Isso quer dizer que a semana de preparação será como aquilo que o torcedor deseja. Com tensão, treinamentos intensivos e surpresas para surpreender o oponente que vai encarar o Majestoso lotado. Jorginho sabe que se vencer ganha uma credibilidade gigantesca nas arquibancadas.

E por conhecer o sentido popular do futebol, Jorginho desferiu uma critica de leve, mas necessária ao conceito de torcida única. “Torcida única não é o ideal para a cidade, acho que as duas torcidas merecem muito mais, mas pelos incidentes que aconteceram, existe uma precaução. É uma cidade maravilhosa e merecia um espetáculo ainda maior”. Ele não pode bater e querer vencer todo um sistema que agora foca na realização do futebol individualista. Ou seja, o rival na sua arquibancada atrapalha tanto que o ideal é tirá-lo do espaço. Assim como o Fla-Flu ou Flamengo x Vasco, rivalidade completa é com as duas torcidas. Jorginho sabe disso. Ainda bem.

Sorte da Ponte Preta contar com um profissional que jamais terá uma postura alienante diante dos primeiros 90 minutos mais importantes de 2019.

(análise feita por Elias Aredes Junior)