Depois de meses e meses de espera e expectativa, a Justiça Trabalhista fará nesta quarta-feira (3) o julgamento em segunda instância para analisar o pedido da empresa gaúcha Maxxion, preterida pela juíza Ana Cláudia Torres Viana, que fechou acordo com a Magnum para quitar os débitos trabalhistas do Guarani. A decisão da juíza foi no dia 07 de julho do ano passado. Na ocasião, foi anulado o leilão realizado pela própria Justiça Trabalhista no dia 30 de março do ano passado e fez a empresa gaúcha pagar R$ 105 milhões pelo estádio Brinco de Ouro, dinheiro que foi devolvido ao antigo arrematante.
Na ocasião ficou estabelecido ainda que o empresário Roberto Graziano faria um aporte mensal de R$ 350 mil mensais, além de se comprometer a construir uma arena para 12 mil pessoas e um Centro de Treinamento quando ocorresse a desativação do Estádio Brinco de Ouro da princesa. No lugar do atual estádio, seria construído um complexo residencial e comercial no local. O julgamento será realizado por um colegiado de três desembargadores.
O próprio presidente Horley Senna será o responsável pela sustentação oral como representante do Guarani Futebol Clube. Para o dirigente, não há o que temer pelo fato de que os preceitos designados pela Justiça Trabalhista estão sendo cumpridos pelo empresário Roberto Graziano, controlador da Magnum. “Toda vez que o Guarani entra em boa fase começam aparecer inverdades. Todas as vezes que participamos de audiências saímos com 90% do acordo firmado”, disse o dirigente, rápido em esclarecer que existe contestação apenas por parte de um escritório particular. Em declarações anteriores, a empresa Gaúcha, ligada ao grupo Zafari, nunca descartou a hipótese de uma possível decisão contrária até em Brasilia, no Tribunal Superior do Trabalho.
(texto e reportagem: Elias Aredes Junior)
