Mateusinho vai para o Vitória (BA): E aí? O Guarani não deve explicações para o torcedor?

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O Guarani anunciou nesta terça-feira, dia 14, a rescisão de contrato do atacante Mateusinho, que aceitou a proposta do Vitória da Bahia para jogar a Série B.

O jogador sacramentou a resolução para atuar no clube baiano e deve ser apresentado nos próximos dias.

A negociação gerou perplexidade na torcida bugrina. Alguns não conseguiram ficar inertes. Participante do grupo de Whatsapp no Só Dérbi, Eduardo Lacerda inquiriu o jogador pelo Instagram se o Guarani iria receber alguma quantia imediata. O jogador afirmou ao internauta que só em futura negociação. Só por essa informação dada pelo atleta o negócio foi péssimo para o Guarani.

A reportagem do Só Dérbi apurou que este percentual em futura negociação encontra-se em aproximadamente 20% dos direitos econômicos. A Magnum, de Roberto Graziano, também teria participação nos direitos econômicos do jogador.

A negociação coloca pressão sobre o Conselho de Administração. Vamos esclarecer: existe uma queda de arrecadação do Guarani. E sabemos que é preciso estabelecer bom relacionamento com os parceiros bugrinos, especialmente a Magnum, que tem participação nos direitos do jogador e de quebra, bem ou mal, auxilia na sobrevivência do Guarani nos dias atuais por intermédio do pagamento do patrocínio.

É preciso esclarecer uma pergunta fundamental: foi o Vitória que procurou o Guarani para uma possível negociação ou foi o atleta e seu staff que buscaram uma recolocação? Se focarmos o rubro negro baiano, fica difícil acreditar que o oponente no gramado teve recursos para adquirir o jogador, como bem disse o próprio Paulo Carneiro no inicio do mês ao jornalista Rodrigo Capelo, do Globoesporte.com e que defendeu uma política de austeridade.

No Guarani, os integrantes do Conselho de Administração só teriam a ganhar com o esclarecimento dos fatos. O que está em jogo é algo muito profundo. Chama-se autonomia. Independência. Soberania. Sim, as negociações podem e devem ser feitas. Mas sempre para atender as vontades e necessidades do clube. Sem colocar em risco a sua linha de trabalho. Mais: quando voltarmos a normalidade, seria de bom tom o Conselho Deliberativo requisitar informações sobre como a venda foi feita.

Que Matheusinho siga seu caminho. E que o Guarani queira primeiramente agradar a si e a torcida. Prioridade. O resto é secundário.

(Elias Aredes Junior)