Nenê Zini encaminha proposta de cogestão no Guarani. Confira qual percentual que seria reservado ao clube

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Próximo de participar do processo de escolha da empresa que comandará o departamento de futebol profissional do Guarani, o empresário Nenê protocolou nesta segunda-feira, dia 06, toda a minuta na secretaria geral do clube.

De acordo com o documento no qual o Só Dérbi teve acesso, caso o projeto seja aprovado, existiria um prazo de 45 dias para que a cogestão entrasse em vigor. Também está estipulado que caso as receitas disponibilizadas ao Bugre não seja suficientes para montar um time de futebol competitivo, a empresa seria responsável por fazer os aportes necessários. Há poder de veto por parte do clube em relação a contratações de atletas que tenham histórico negativo no mercado, segundo o texto da cláusula 2.4.

O clube teria poder de veto nas contratações de técnicos e atletas. Após tomar posse, todo os débitos trabalhistas e cíveis serão de responsabilidade da empresa arregimentada por Nenê Zini. Já as dívidas anteriores à cogestão ficarão nas mãos do clube.

Quanto aos recursos financeiros, a administração é dividida. A cláusula 3.1 afirma o seguinte: “Durante a temporada esportiva de 2018, o Guarani fará um aporte mensal no departamento de futebol no valor R$ 500 mil cuja gestão caberá a empresa”. Em consulta a reportagem do Só Dérbi, o empresário Nenê Zini afirma que a operação seria um complemento do orçamento já aprovado para esse ano em vigor. Além disso, ele lembra que muitos jogadores do elenco profissional já tem parte dos seus salários pagos pelos clubes de origem.

Na questão da divisão das receitas a serem direcionados para o departamento de futebol, a proposta é a seguinte: ao se tomar como exemplo, o valor de R$ 100, o total de R$ 20 seriam destinados ao pagamento de dívidas judiciais.

Dos R$ 80 restantes, 70% ficariam com a nova gestora e 30% com o Guarani. Ou seja, ao se tomar como exemplo hipotético de R$ 100 e já descontado os R$ 20 para questões judiciais, o Guarani ficaria com R$ 24 (30% de R$ 80) e a gestora com R$ 56 (70% de R$ 80).

Caso os valores judiciais previstos fiquem acima do esperado, o texto afirma no item 3.4: “(…) Caso o Guarani, em função das penhoras judiciais impostas, aporte valor inferior ao que deveria aportar, nos termos do item 3.3 acima e o valor das referidas penhoras supere 20% da receita devida, o Guarani se compromete a integralizar o valor excedente com recursos próprios”, diz o texto.

Na questão de negociação de jogadores, a proposta é que 80% do valor arrecadado fique com a empresa e os 20% sejam destinados ao Guarani.

Outro ponto que chama atenção no contrato é o fato de que caso o time rebaixado para a Série A2 de 2021, o contrato será rescindido e uma multa de R$ 2 milhões terá que ser paga ao Guarani.

O documento foi enviado aos conselheiros para que seja feita a análise na reunião da próxima quinta-feira.

(texto e reportagem: Elias Aredes Junior)