No Guarani atual, a defesa sofre. Atacar é a prioridade de Daniel Paulista. Viver é escolher. Sempre

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O primeiro passo para chegar ao estágio da excelência é a admissão de suas fragilidades.O zagueiro Thales, atualmente no Guarani, está de parabéns. Merece nota 10. Pelo menos na sinceridade.

Na entrevista coletiva realizada na ultima sexta-feira, o zagueiro admitiu que a marca de 26 gols em 21 rodadas não é positiva. Não acrescenta. Para quem deseja buscar o acesso chegar a ser um absurdo.

Sua declaração não deveria ser mais cortante: “Tomar tantos gols assim não é legal. A gente sabe que para aquilo que queremos não é bacana tomar 26 gols, mas a gente é um time que propõe muito jogo então acaba se expondo um pouco e nessas jogadas acabamos dando um pouco mais de liberdade para os adversários. Mas são coisas que já corrigimos, conversamos e esperamos que no segundo turno a gente abaixe nossa média de gols (sofridos) e consequentemente aumente os gols lá na frente”, disse o zagueiro.

Antes, é bom que se diga. Os zagueiros bugrinos não são focados na velocidade ou na recomposição rápida. Trabalham em cima do conceito de posicionamento e da compactação da própria equipe.

Pode melhorar? Pode.

Mas os gols sofridos são frutos de uma escolha deliberada da comissão técnica. Mesmo que em sua entrevista para diversas rádios de Campinas, o técnico Daniel Paulista tenha focado sua análise de que trabalha o time na defesa para administrar os resultados, o que vemos no gramado é quase o inverso: um time ofensivo, por vezes até inconsequente.

No bom sentido.

E que agrada a torcida. Ou você torcedor gostaria de ver uma equipe retraída?

O sofrimento defensivo será parte do cardápio até a 38ª rodada. Viver é escolher.

Sempre.
(Elias Aredes Junior-Foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)