O adversário do Guarani na reta final da Série B? O próprio Guarani

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Nas entrevistas antes da viagem para Varginha e o confronto com o Boa Esporte, sábado, os jogadores do Guarani alertam sobre a dificuldade do confronto, apesar do oponente encontrar-se na última posição com 26 pontos. Precisamos ter cuidado, será um jogo de detalhe. Entendo que a equipe deles tem jogadores de qualidade e querem fazer valer o fator casa. Temos que fazer o nosso futebol com alegria, sem ter peso nas costas”, disse o goleiro Agenor.

Existem fatores que explicam o temor do goleiro.

A existência da zebra no futebol, a dificuldade de encarar defesas fechadas, a reta final da Série B do Campeonato Brasileiro ou a pressão incrementada após as derrotas para São Bento e Avaí e que deixaram o time longe da zona de classificação. Se tivesse vencido os dois confrontos, na pior das hipóteses, seria o quarto colocado.

Talvez o fator que pesa contra o Guarani é o próprio Guarani. E ele não tem culpa. Zero. Explico: por ser um time jovem a oscilação é constante. Perceba: o início é avassalador, a marcação é adiantada, a bola é trabalhada pelos lados e os lances são criados com extrema facilidade.

De repente, um apagão. O time perde a concentração, a marcação afrouxa e não é incomum sofrer gols. Falta de concentração? Força mental? Tem esse fator e o fator físico, pois o Alviverde fará neste ano 57 jogos, uma marcação da qual não chega nem perto desde 2012. Não esqueça os anos e anos que disputa os 19 jogos da Série A-2, os 18 confrontos da Série C e adeus.

Lógico, os jogadores não são os mesmos. Mas o clube enquanto estrutura e corpo diretivo não estava acostumado a esse quadro. Se é pesaroso para quem está acostumado com a maratona imposta pela CBF imagine para quem “corre” apenas pela segunda vez?

Não há muito o que fazer. É torcer para que a perna e mente suportem tal responsabilidade. E que 2019 seja um período de melhoria de estrutura e de adaptação plena a nova realidade.

(análise feita por Elias Aredes Junior)