O legado e as lições aprendidas por Lucas Crispim no Guarani

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Presente desde o começo de 2019 no estádio Brinco de Ouro, o armador Lucas Crispim teve o seu contrato encerrado no Guarani neste domingo. Provavelmente vai sair com 68 partidas disputadas e seis gols marcados. Crispim conviveu com lesões, contratempos e sai com saldo positivo.

Foi o melhor jogador do Alviverde campineiro na Série B. E foi um caminho para detectar erros e acertos dos bastidores do clube.

Sob o comando de Thiago Carpini, o atleta teve bons momentos, mas parecia por vezes desligado e registrou atuações irregulares. Encontrou-se no gramado com Felipe Conceição. A velocidade, a transição rápida da defesa ao ataque e a capacidade de servir aos companheiros lhe transformaram no maestro do clube. Mesmo que por vezes tivesse que atuar no lado direito do gramado e para puxar o contra-ataque ao lado de Pablo. Fez diferença. Para melhor. Deveria ter orgulho do que fez.

Só que o mesmo Lucas Crispim destemido e eficiente nas quatro linhas cometeu uma falha que produz lições não só para ele como para qualquer atleta.

A conversa com Lisca no dia 02 de janeiro, após a derrota para o Coelho deixou sua situação delicada. Ficou com a impressão de viver um avant première do que vai ver no estádio Independência.

Perdeu a confiança do comando da comissão técnica. Tanto que não foi o capitão no duelo contra o Juventude. Pablo exerceu a função.

Proibido procurar emprego? Nada disso! Só que a vida tem códigos de convivências, procedimentos essenciais para que possamos viver em harmonia não somente com quem é nosso companheiro mas também quem está um patamar acima. Conceitos  que devem ser exercidos nos mínimos detalhes.

Tenho convicção de que Lucas Crispim é boa praça. Deslizes cometemos na vida. Que sua estadia no Guarani sirva para reforçar sua autoestima no gramado e lhe ensinar a fugir das armadilhas da vida.

(Elias Aredes Junior- foto de Thomaz Marostegan)