O Majestoso merece ser tratado com carinho e dignidade

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O Ministério do Esportes, por intermédio do programa Sisbrace, divulgou uma listagem sobre a qualidade dos estádios participantes da Série A do Campeonato Paulista. O resultado foi o pior possível para o Estádio Moisés Lucarelli. De acordo com o documento, o Majestoso levou uma avaliação de três bolas em segurança, dois em conforto e acessibilidade e uma bola em higiene.

Os dirigentes pontepretanos contestaram e pediram uma reavaliação, especialmente por causa de reformas recentemente feitas com base em pesquisa de opinião e que mostraram a segurança e as condições dos banheiros como os principais obstáculos para atrair o torcedor ao Estádio.

Independente daquilo a ser feito, é fato que a Ponte Preta precisa exterminar com a relação ambígua que nutre com o Majestoso. Estádio histórico, fundado em 1948 e protagonista de uma história única, pois foi erguido pelas mãos dos torcedores, o Majestoso foi deixado de lado nos últimos anos pela diretoria em virtude da perspectiva de construção da arena no Jardim Eulina.

Em nome do foco (justo!) em drenar recursos para viabilizar o novo empreendimento, o Moisés Lucarelli não recebeu reformas profundas, efetivas e modernizadoras. Uma chance de ouro foi perdida de viabilizar um projeto nos moldes daquilo que foi conduzido no antigo estádio Joaquim Américo, em Curitiba e que se transformou na Arena da Baixada, palco de jogos da última Copa do Mundo.

Fica a pergunta: se a demora de construção da Arena for esticada, o que fazer com o Majestoso? Patrocinar reformas paliativas é a saída? Ou uma mudança de planos pode ser analisada? O que não dá é submeter um espaço tão sagrado ao torcedor pontepretano a uma humilhação de dimensões nacionais.

(análise escrita por Elias Aredes Junior)

Ps: matéria do portal Uol você confere aqui