O que esperar da Ponte Preta na Série B do Brasileirão?

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O torcedor pontepretano predisposto a ler este artigo está desconfiado. Muito. Não sabe o destino da Macaca na Série B do Campeonato Brasileiro. É verdade que faturar o Título do Interior produziu um consolo e perspectiva de dias melhores. Ao contrário de anos anteriores, os reforços chegaram com certa antecedência e o técnico Doriva está doido para provar seu valor e construir um time competitivo, disciplinado taticamente e capaz de colocar medo nos adversários. Duro são os finais emitidos.

Trazer o volante Paulino, os laterais-direito Tony e Igor Vinicius, o zagueiro Léo e o atacante Júnior Santos são jogadores que, por enquanto na carreira, demonstraram capacidade técnica de mediana para boa. São elencos com perfil para buscar uma campanha de manutenção. Por enquanto, nada de sonho de acesso. Esse é o perigo.

A característica da Série B, mesmo com a distribuição um pouco mais igualitária das cotas de televisão, mostra uma competição aguerrida, disputada, cheia de nuances e candidatos surpreendentes. Para o bem ou mal. Exemplo: o Paraná não era um favorito destacado para subir no ano passado, mas com o trabalho profissional de Rodrigo Pastana, uma equipe voluntariosa e com senso de marcação, junto com a força da torcida transformaram o olimpo distante em realidade.

Em contrapartida, ninguém imaginaria que Náutico e Santa Cruz, apesar das dificuldades financeiras, entrassem na catacumba da terceira divisão. Duas equipes que sonhavam com desempenho de manutenção antes da bola rolar.

Hoje, a Macaca encontra-se no fio da navalha. Não inspira confiança, é verdade. Se atuar no limite, encaixar um bom conjunto e Doriva realizar um trabalho cientifico e calcado na disciplina tática – algo característico do técnico pontepretano -, permanecer na Série B e sonhar com algo a mais pode ser possível. Especialmente se a torcida comprar a ideia.

O que não pode é não adotar um rumo, contar com atletas sem ligação com a Ponte Preta e sua história. Isso pode transformar os sete meses de competição em um calvário. Tomara que a Macaca faça a escolha correta.

(artigo escrito por Elias Aredes Junior)

1 Comentário

  1. A estreia contra o Fortaleza, fora de casa, me faz lembrar de 2009, quando também estreamos contra o time da capital cearense. Acho que o Guarani vai continuar surpreendendo. Vamos lutar pelo acesso.