O sucesso de Gilson Kleina é o fracasso da diretoria da Ponte Preta. Leia e entenda!

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Sucessos não apagam fracassos. Falhas não somem diante de medidas acertadas. Com três vitórias em três jogos, o técnico Gilson Kleina é ovacionado por torcedores e dirigentes. Devolveu confiança a uma equipe limitada, com escassas opções táticas e refém do brilho de André Luis. Sua obsessão em treinar a bola parada é apenas e tão somente a busca desesperada para amenizar a montagem de uma equipe torta e sem destino. Pode até buscar o acesso, mas os atuais integrantes do departamento de futebol e da diretoria executiva não podem ser descartados do cardápio do fracasso.

E existe algo mais latente: por que não trouxe antes? Porque faltou tato e capacidade para entender o que é a Ponte Preta.

Vou citar alguns nomes: Guto Ferreira, Gilson Kleina, Sérgio Guedes, Jair Picerni, Zé Durte e Cilinho. São profissionais que em algum instante de suas vidas sentaram no banco de reservas do Majestoso e colheram frutos positivos. Por que? Ou pelo fato de terem identidade com o clube ou porque conseguir captar o sentimento do torcedor pontepretano e adaptar-se a circunstância.

Sei que é mais fácil falar na atualidade, mas não podemos esconder: Marcelo Chamusca e Doriva fracassaram porque são profissionais, mas não conseguem captar o sentimento e o desejo do torcedor pontepretano. João Brigatti por outro lado torce pelo clube e sabia que a arquibancada queria: uma equipe de entrega, mesmo que tivesse equívocos táticos. Entregou e nunca foi cobrado de modo veemente.

O filme foi repetido com Kleina. Ele conhece cada corredor e os funcionários do Majestoso. Sabe ter jogo de cintura para escapar dos tiros da guerra política deflagrada nos bastidores. Lida com o atleta olho no olho e isso transmite confiança. Não inventou. Explorou o que a equipe time de melhor- o contra-ataque – e colheu nove pontos.

O torcedor respira aliviado. Está fora do sufoco do rebaixamento. Também superou o rival Guarani. Ainda sonha com o impossível. Mas se tivesse chegado para o lugar de João Brigatti talvez a história fosse diferente. Por que não veio antes? Essa pergunta vai ecoar na cabeça do torcedor até o final da Serie B.

(análise feita por Elias Aredes Junior)