Ponte Preta apresenta queda de público de 42,29% nos jogos decisivos no Paulistão em 9 anos. Como explicar?

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A Ponte Preta jogou  partida decisiva pelo Campeonato Paulista no estádio Moisés Lucarelli. Ao se levar em conta  a competição regional, a diretoria tem motivos de sobra para buscar saídas para estancar a sangria das arquibancadas.

Levantamento executado pela reportagem do Só Dérbi nas súmulas dos jogos decisivos disputados pela Macaca em casa desde 2007 demonstra  queda de 42,29% no comparecimento de torcedores em comparação com a final do Paulistão de 2008 diante do Palmeiras. Se o objeto de análise for o jogo do último sábado e a semifinal diante do Guaratinguetá, a queda é de 19,58%. Ao confrontar as quartas de final de sábado e de 2013 diante do Corinthians, a queda de público é de 7,71%.

O levantamento abordou as fases em que haveria possibilidade de encarar os gigantes, o que exclui os jogos do Torneio do Interior.

O primeiro jogo decisivo disputado pelo Paulistão a partir de 2007,- ano em que as súmulas estão disponibilizadas- foi no dia 12 de abril de 2008, quando o time comandado por Sérgio Guedes venceu por 1 a 0 a semifinal da competição contra o Guaratinguetá.

Na oportunidade, o borderô registrou 12.189 pagantes, sendo que 341 eram torcedores do Guaratinguetá. O total de pontepretanos foi de 11.849. No primeiro jogo da final contra o Palmeiras, a bilheteria registrou 19111 pagantes, sendo que 2600 eram palmeirenses. Ou seja, haviam 16511 torcedores pontepretanos nas arquibancadas.Em 2009 e 2010 o time não se classificou para as semifinais e em 2011 disputou as quartas-de-final contra o Santos e perdeu por 1 a 0. No ano seguinte, venceu o Corinthians no Pacaembu por 3 a 2 e posteriormente perdeu para o Guarani nas semifinais.

A volta para casa aconteceu em 2013, quando fez as quartas-de-final contra o Corinthians. O público foi de 12.460 pagantes com 2196 corinthianos. Ou seja, o estádio contava com 10264 pontepretanos.

As quartas de final contra o Santos mostrou nova queda de público da Macaca, pois do total de 11545 pagantes 2017 eram santistas. O público da Ponte Preta era de 9528 pagantes. A torcida é para que uma classificação contra o Santos ofereça uma chance de inverter tendência tão negativa.

(texto e reportagem: Elias Aredes Junior)

9 Comentários

  1. O Guarani, um dia depois, na primeira fase da A2 colocou 10 Mil pessoas.
    Exclui-se o fato do projeto social ter efetuado aproximadamente 2.500 trocas e que a Ponte outrora utilizou desse mesmo projeto e não chegou a numero parecido de publico total.

    Cade os 3% de Campinas? no mínimo esse “profissional estatístico” deveria entregar o seu diploma, se é que tem, e voltar para o primário. E a Fabrica de cervejas de “primeira” linha deveria cobrar a devolução do dinheiro gasto na pesquisa.

  2. Cara, ja tem muitos locais na internet para promover discussões infantis e clubistas. Pense o que você quiser a respeito do seu time ok? Você leu a matéria? Em algum momento houve comparações entre os clubes? Faz esses comentários la no GE ok CAMPEÃO?

  3. Elias, essa questão da fuga do torcedor das arquibancadas é bem complexa. Envolve uma serie de fatores. Não vou nem tentar expor minha opinião sobre esse assunto pois realmente o acho muito complexo.
    Mas só para constar, é um problema enfrentado por mais de 90% dos clubes (nos campeonatos estaduais) e não apenas da Ponte Preta.

  4. Infelizmente esse tal de “Campeão” não tem que dar moral.
    Outro detalhe é que ao passar dos anos a PM de cada estádio reduziu a capacidade dos estádios por questões de segurança e também devido a violência muitos fazem a opção pela TV por assinatura.
    Realmente é um tema complexo.

  5. Pontepretano Racional, use a razão. O Campeão apenas fez uma brincadeira. Se não podemos mais brincar, qual a razão de ser do futebol?

    Viva as brincadeiras sadias no futebol.

  6. Galera, calma… a comparação que fiz é fruto das diversas brincadeiras sadias que surgem diariamente entre as torcidas, assim como torcedores ponte pretanos zuaram os brugrinos com a tal pesquisa que todos sabem ser fajuta…

    Mas da gosto de ver jornal esportivo hoje, ou entrar em sites que cobrem os dois times, pois eles estão em boa fase, e eu nunca peguei uma fase melhor que em 2012, onde os dois times eliminaram os grandes de São Paulo. todos os jornais só falavam do Guarani e da Ponte.

    Está claro que hoje possuem diversos outros meios de acompanhar um jogo, mas em uma fase final que é do que o texto trata, é realmente um problema que não deveria existir, pois os torcedores não podem se dar ao luxo de escolher qual campeonato querem ganhar e devem sim comparecer, as 5.000 pessoas a mais que poderiam estar no estádio no sábado poderiam ter feito uma diferença enorme no resultado.
    No jogo do 6×0, eu não ia no jogo, pelo horário e pelo resultado do primeiro jogo, mas era uma semi final, e pensei “vai que vira” eu iria me arrepender muito por ter assistido de casa…. e deu no que deu, segundo melhor jogo do Guarani que vi até hoje, atrás apenas no eterno 3×1…rsrs

    abraços

  7. A maioria do pessoal que conheço que deixou de ir ao estádio – torcedor de qualquer clube -, o primeiro motivo é a falta de segurança com possíveis confrontos entre torcidas organizadas. Segundo é a relação preço x péssima infraestrutura oferecida pelos clubes, além do preço do ingresso você tem pagar o flanelinha e ainda respira fumaça de maconha.

    Em relação a Ponte, há também o descolamento da torcida com o clube devido a falta de ambição da diretoria comandada há quase duas décadas por um reizinho que pouco se empenha em montar um time decente para conquistar algo de relevante, se contenta que o time seja apenas “água de salsicha” nos torneios que disputa uma vez que os seus intere$$$es empre$ariai$ falam mais alto, basta ver que hoje a Ponte é uma bela barriga de aluguel – assim como o CEV Hortolândia – dos irmãos Garcia (Fernando e Paulo) da Elenko Sports. Aí pergunto pra que vou ao estádio se sei de antemão que meu time não vai competir pra ser campeão???