Ponte Preta. De volta às origens. Por André Gonçalves

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Qual é a diferença entre jogadores profissionais de futebol para os que brincam e atuam nos milhares de campos de várzea, society e quadras no Brasil e pelo mundo?
Alguns vão dizer que é a qualidade técnica. Outros o preparo físico. Talvez tática.
Embora as afirmações estejam corretas, vejo que a principal diferença entre o amadorismo e o profissional é a vontade de jogar. De estar onde está.

Para os amadores, varzeanos e pelegos, o futebol é jogado por paixão. Por querer estar dentro de das quatro linhas. Naquele gramado que a bola mau consegue rolar, basta estar lá! Essa e a felicidade! Não que os profissionais deixaram de ter essa vontade. Mas pelo profissionalismo exagerado que tomou conta do jogo, a coisa ficou mais fria. Distante. Quase um fardo! Seis meses em um clube e outros meses buscando recolocação e seu espaço nessa difícil carreira.

Porém, para essa Ponte Preta que estamos vendo nas ultimas 7 rodadas a coisa está diferente! O time de Gilson Kleina está provando que o futebol profissional pode – e deve – conter uma dose do “amadorismo” muitas vezes esquecido. Se você está onde quer estar, as coisas fluem melhor. E é isso o que tem ocorrido com o time. A vontade demonstrada por esses jogadores tem feito a diferença.

Parece que estão em campo para jogar o futebol na sua essência. O esporte que eles aprenderam a amar na infância! Nada mais importa. Não vão a campo pelo salário ou prêmios no final de cada jogo ou competição.
A Macaca está jogando com uma vontade poucas vezes vista. Os jogadores estão querendo estar dentro do campo defendendo a camisa centenária alvinegra.

Que o jogo de hoje retribua a vontade demonstrada pelos atletas na volta as suas origens e nos traga mais uma vitória!

(artigo de autoria de André Gonçalves)