Ponte Preta e as versões construídas por Hélio dos Anjos. Por Israel Moreira

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Jornada ruim em Chapecó, expõe péssimas escolhas e falta de elenco para pensar em acesso

O tabu de nunca ter vencido a Chapecoense em Chapecó, permanece. São seis jogos com o de ontem, quatro vitorias da Chape e dois empates. Mas, há um detalhe que contribuiu na permanência do tabu, as escolhas de antes e durante à partida do treinador, Hélio dos Anjos.

Na entrevista coletiva contra o Bahia, na boa vitória por 2×0 sobre o vice líder da serie B, Hélio dos Anjos, discordou (e com todo o direito) da pergunta que fiz sobre as oportunidades de gol criadas pelo tricolor baiano na primeira etapa, quando a intensidade da marcação com as linhas altas, propôs o recuo do Bahia e os erros de saídas de bolas da Ponte, favoreceram os contra ataques da equipe adversária, e se não fosse mais uma boa atuação do goleiro Caíque França, a macaca poderia ter sofrido gols, logo no início.

Outro detalhe da entrevista coletiva, foi quando Hélio dos Anjos, “pediu licença” aos demais clubes da competição, em especial à três equipes que estavam no (Vasco, Bahia e Grêmio), de que a sua equipe, a Ponte Preta, estava jogando um melhor futebol do que as outras três. Mas de quais “Ponte Pretas” o Hélio estava falando? Evidente que da Ponte que joga em casa, sufoca o adversário e conquista merecidamente os três pontos. Mas, e essa “Ponte Preta” que fora de casa é presa fácil para os adversários? E essa Ponte Preta perdida, mal escalada, e que insiste em reabilitar os adversários? Derrotas para Brusque e Chape, especificamente?

Sobre a partida contra a Chapecoense, é bom ressaltar que os desfalques fizeram muita falta a equipe (Wallisson, Mateus Silva e Artur), mas se Hélio dos Anjos, “pediu permissão” para sonhar com acesso, se faz necessário nesse momento, refletir suas escolhas quando for desafiado nas partidas fora de casa, principalmente, porque a intensidade proposta dentro de casa, faz com que sua equipe leve muito cartões amarelos, os volantes e zagueiros em especial, desfalquem a equipe na sequencia dos jogos difíceis fora de casa.

Vamos as escolhas? Na zaga, Thiago Oliveira, que não jogava há um bom tempo como titular, desde que se machucou, nunca mais conseguiu se firmar. Vários foram os lances, com as linhas defensivas adiantadas, tanto ele, quanto ao Fabio Sanches e os laterais, não se entendera e proporcionaram várias jogadas de perigo ao gol do Caíque França. Mas, entre Thiago Oliveira e Guilherme Souza, não haviam muitas dúvidas, Thiago deveria ser o escolhido, como foi. Na lateral esquerda, o menino Jean Carlos, teve mais uma oportunidade, e infelizmente, ele não conseguiu se desenvolver. Quando vai ao ataque, deixa uma “Avenida Brasil” desprotegida, e tem baixíssimos índices de acertos nos cruzamentos, passes e domínios.

Mas, a pior escolha do treinador, foi o uruguaio Leandro Barcia, que chegou ao majestoso com “pompa” de estrela do futebol sul americano, causando inveja ao Soares e ao Cavani (sic), e que até aqui, só justificou o porquê de estar encostado no Atlético-GO sem ser aproveitado até no banco de reservas.

Sua permanência em campo, sem mostrar em nenhum momento, um simples motivo de estar ali, vestindo a camisa da Ponte Preta como titular, mostrou mais um erro de escolha do Hélio dos Anjos. Além da péssima escolha, foi obrigado a mudar o esquema tático de quatro jogadores no meio de campo, para a formação com três atacantes (Lucca, Barcia e Fessin), o que digamos, facilitou as ações dos jogadores da Chape como Alisson e Matheus Freitas, duas das principais figuras em campo e responsáveis ao lado do Chystian, pelo revés pontepretano.

Os 36 pontos da macaca na tabela é fruto dos jogadores e do bom trabalho do treinador até aqui, mas os “maus resultados” e desempenho ruim dentro de campo e fora de casa, também devem ser refutados à falta de elenco e as péssimas escolhas do Hélio dos Anjos.

 (Texto de Israel Moreira-Especial para o Só Dérbi- Foto de Diego Almeida-Pontepress)