Ponte Preta e Marcelo Oliveira: expectativas e responsabilidades que não podem ser adiadas

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Antes de desenvolver meu raciocínio quero esclarecer ao leitor e leitora que me acompanham que o objetivo deste artigo não é crucificar o técnico Marcelo Oliveira. Não vou me portar como juiz implacável das redes sociais. Longe disso.

Reconheço que ele chegou com a temporada em andamento, assumiu uma equipe em ebulição, com relacionamentos esgarçados com a antiga comissão técnica e que parecia (parecia!) sem uma identidade. Esta era a avaliação de vários figurões influentes do clube.

Quero deixar claro sobre a impossibilidade de viabilizar um descanso minimamente decente aos jogadores.

Nem que o calendário da Macaca seja mais “doce” após a eliminação na Copa do Brasil. Se o time tiver cinco dias de folga, isso na prática serão três. Existe a necessidade de descanso do jogo anterior e a viagem para deslocar-se para o confronto seguinte. Entendo? Sim. Perfeitamente.

Tais obstáculos, no entanto, não podem servir para escondermos responsabilidades que são da Comissão Técnica da Ponte Preta, leia-se Ponte Preta. Alguns processos precisam ser esclarecidos a torcida. Ou medidas que não podem ser mais proteladas.

A primeira atende pelo nome de Camilo. Não chegou a render contra o América Mineiro de modo esplendoroso, mas ele com futebol nota 5 é muito mais útil do que alguns atletas de qualidade técnica com o mesmo quilate? Porque? Sabemos que uma hora ou outra, o futebol de Camilo pode virar nota 7 ou 8.

Até quando ele permanecerá no banco de reservas? Esse é o plano de utilização? Qual a chance de utiliza-lo em potência máxima? O que diz o departamento de fisiologia? E o preparador físico? Compreendo que pela questão da infra-estrutura é preciso cuidado para colocar o atleta no gramado e evitar uma lesão muscular. Mas o atual cenário é definitivo? Ou há chance de utilizar o jogardor por 90 minutos?

O outro questionamento é direcionamento a João Paulo. Ninguém contesta a sua capacidade. Já decidiu várias partidas da Macaca neste ano. A realidade mudou. Para pior. O seu rendimento é inexplicável. Pifio. Decepcionante.

O que fará o técnico Marcelo Oliveira? Vai coloca-lo no banco? Conversar com o profissional para que ele rearranje o seu rumo? Ou vai ficar no banho maria?

Marcelo Oliveira foi contratado por alguns motivos. Técnico campeão, sagaz na montagem de times ofensivos e entrosado com alguns componentes do departamento de futebol é uma parte da explicação. Por ser experiente, tem maior capacidade de desfiar alguns novelos que comandantes inexperientes ficariam todo enrolados. Então, mãos à obra.

(Elias Aredes Junior)