Qual Corinthians estará diante do Guarani nesta quarta-feira no Brinco de Ouro?

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Após seis anos, o Guarani recebe um gigante paulista. O Corinthians. Será com torcida única. A derrota para o Bragantino produziu um ingrediente de pressão. Os jogadores do Guarani e o técnico Osmar Loss não podem errar. Uma segunda derrota e a pontuação para a permanência – 11 pontos- fica  mais distante. O que fazer? Como segurar o atual campeão paulista?

O empate na Arena Itaquera contra o São Caetano trouxe  pistas. Primeiro é preciso entender a conjuntura. Fábio Carille fez mudanças pontuais na parte tática em relação ao ano vitorioso de 2017. Ali, tínhamos uma equipe segura, com ótimo poder de marcação, graças a boa colocação de Balbuena, a velocidade de recuperação de Pablo e o poder de marcação do volante Gabriel. Na frente, Rodriguinho, Jadson e Romero trabalhavam para acionar o centroavante Jô, versátil tanto na finalização pelo chão, em contra-ataque, como na jogada aérea. Poucas vezes tomava iniciativa de jogo. Foi campeão regional e nacional com essa trilha sonora da bola.

E agora? De certo aspecto, a estrutura foi mantida e com as devidas variações, seja no 4-1-4-1 ou no 4-2-3-1. Com uma diferença. A intenção é atuar  em bloco, de maneira cadenciada, com toque de bola a partir da zona de defesa e com os armadores Sornoza, Jadson e André Luis, sendo que apenas este último tem a velocidade como atributo.

Tudo é focado para marcar na zona intermediária, trabalhar a bola pelos lados e com isso explorar o jogo pelo alto e o senso de oportunidade de Gustagol. Interessante em que poucas oportunidades o lateral-direito Fagner teve o auxilio dos companheiros para realizar jogadas em profundidade.

Neste contexto, a pior atitude do Guarani seria ficar acuado ou sair de modo destrambelhado. Equilibrio é a palavra. Intensificar o toque de bola, focar na aproximação e com proporcionar dificuldades de marcação aos laterais Fagner e Danilo Avelar. Henrique e Marllon já mostraram solidez mas tanto Richard como Ramiro ainda sofrem pelo desentrosamento, o que é natural.

O Corinthians é uma equipe com comissão técnica capacitada. Que, aliás, Loss conhece como poucos. Está em início de trabalho. Oportunidades podem aparecer. Recomenda-se que o Guarani não desperdice.

(análise feita por Elias Aredes Junior)

1 Comentário

  1. Se o Corinthians vencer o Bugre, Carille já deu pistas de que vai poupar jogadores contra a Ponte no sábado.

    Não esperem um Corinthians turbinado, em 2017 e 2018 Carille entrou com tudo no paulistinha, pois precisava vencer a desconfiança da torcida e a sabotagem de alguns dirigentes.

    Agora em 2019 sabiamente ele está utilizando o paulistinha pra fazer testes e dar rodagem aos jogadores pra que ganhem ritmo e condicionamento físico, uma vez que os adversários são na maioria equipes fracas.
    Ele sabe que mesmo que jogue mal nas 12 partidas da 1a fase ainda assim chegará as semifinais.

    Se o Corinthians chegar a final de todas as competições que vai disputar esse ano, disputará 84 jogos, ao meu ver um absurdo, então pra que se desgastar logo no começo da temporada sabendo que terá uma longa jornada até o final do ano?