Alguns assuntos produzem tédio. Ou irritação. Não somente pela repetição dos argumentos, como também pela ausência de iniciativa daqueles que podem resolver a questão. Faço esta introdução para falar sobre a novela a respeito das renovações de contrato de Andrigo e Régis.
Quer saber? Já deu. Encheu o saco. Ok, os numeros falam por si só. Andrigo entrou em campo por 45 vezes e fez cinco gols. Régis vestiu a camisa 78 por 36 oportunidades e anotou nove gols. Foram decisivos. Um com capacidade de conclusão rara em média e longa distância. O segundo com capacidade impar de armar e pensar o jogo.
Quero abordar essa novela sob outro prisma. Eles são os únicos armadores do planeta Terra? Só eles podem vestir a camisa do Guarani? Mais: o que fez as categorias de base em todo esse período de cinco, 10 anos, que não conseguiu revelar ou desenvolver um único jogador capaz de armar o jogo, seja como camisa 10 ou como segundo volante.
Que ninguém venha com enrolação. A história do Guarani está cheia de exemplos.
E Michel Alves? Só pensou em Tiago Alagoano como substituto da dupla? Repito a indagação: não existe em todo o Brasil nenhum clube capaz de proporcionar um camisa 10 ao Guarani e em condições financeiras adequada ao clube? Não creio. Duvido. Não acredito.
A demora na renovação de Régis e Andrigo talvez mostre muito mais as limitações de quem cuida do futebol do Guarani do que uma suposta negociação intrincada.
(Elias Aredes Junior-foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)