A longa novela envolvendo Richarlyson e BID terminou. Agora registrado na CBF, o volante de 34 anos está à disposição do técnico Vadão e estreou nos últimos 15 minutos no empate contra o Oeste por 0 a 0, no Brinco, na última terça-feira. Mas, foram 42 dias de espera e reviravoltas envolvendo o departamento jurídico do clube.
Como apurou a reportagem do Só Derbi na última semana, uma série de erros atrasaram a inscrição de Richarlyson. Em um primeiro momento, por um erro no banco de dados da CBF, o contrato do jogador foi gerado com a data de nascimento errada e o processo precisou ser reiniciado. Em um segundo momento, de acordo com fontes do clube, a saída de um dos advogados responsáveis pelas negociações internacionais também influenciou no atraso da regularização do volante.
Citado, o advogado Filipe Souza entrou em contato com nossa reportagem para esclarecer sua participação na negociação. Sem contrato com o Guarani desde março, colaborou voluntariamente na transferência. “A FIFA gera uma senha pessoal e intransferível para quem faz o curso de representar o clube no sistema de transferência internacionais chamado TMS. Quando acabou meu contrato me coloquei à disposição para ajudar, enquanto não se define o novo representante”, esclareceu.
Souza enfatizou que não teve nenhum desentendimento dentro do clube e que não teve problemas em colaborar para que o Guarani não ficasse sem a senha para transferências internacionais com a FIFA. “Eu representava o Guarani há alguns anos e mantive a senha para que não houvesse um problema com a transferência do Richarlyson. Não tenho nenhum problema dentro do clube, ao contrário, tenho muito amigos lá”, ressaltou.
Com Richarlyson inscrito no BID, a diretoria terá que procurar um novo representante para obter a senha de transferências internacionais. A FIFA exige um curso para que este profissional esteja habilitado para representar o clube.
(texto e reportagem: Júlio Nascimento)
