Sócio Torcedor: o último laço comunitário entre o clube e o torcedor da Ponte Preta

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Falo de cara que não tenho muita simpatia pelo programa de Sócio Torcedor para os clubes de Campinas. Não porque a ideia seja ruim e sim porque o recorte da população a ser abordado é muito curto. Isso se levarmos em conta que o Corinthians é a maior torcida da Região Metropolitana de Campinas com 20% da preferência.

Mas se os clubes querem levar o programa em frente deve-se respeitar. Mas quando a diretoria da Ponte Preta faz uma promoção para trazer o torcedor pobre, a reação é virulenta. No jogo contra o Paraná, marcado para sábado, os bilhetes a R$ 5 (meia) e R$ 10 (inteira) também vão falar para a arquibancada e para os visitantes. Já no setor VIP e nas vitalícias, as entradas custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia).

Após o anuncio, muitos torcedores querem cancelar a sua inscrição no programa de Sócio Torcedor. Sentem-se lesados. Considero que deveriam entender o quadro por outra ótica.

Colaborar com o programa talvez seja a única maneira de sustentar o laço de comunidade que foi responsável por construir a história da Macaca. Bem ou mal, a mensalidade do participante do projeto auxilia na sustentabilidade administrativa do clube. Ainda não vota? Não existe participação efetiva? Concordo. Sócio Torcedor deveria votar? Passou da hora.

Mas diante dos problemas políticos enfrentados nos últimos anos pela Macaca, ser sócio torcedor é uma maneira de dizer indiretamente aos dirigentes que não dá para tolerar incompetência. Afinal, uma hora ou outra, é o seu dinheiro que está sendo usado. Pense nisso.

(Elias Aredes Junior)