Uma substituição que provoca reflexões na Ponte Preta

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Um empate arrancado e boa atuação no segundo tempo. Um resultado capaz de colocar o adversário na rota do rebaixamento. A atuação da Ponte Preta na etapa final no  estádio Beira-Rio surpreendeu em todos os sentidos. Podemos enumerar diversos motivos para justificar a obtenção do resultado e o bálsamo de calmaria estabelecido no Majestoso. Um argumento não pode ser ignorado: Eduardo Baptista se rendeu aos fatos.

Falo especificamente de sua substituição promovida no intervalo em que o zagueiro Douglas Grolli saiu para Rhayner ser acionado. Com o recuo de Wendell para a quarta zaga, a segurança ficou estabelecida. Após o gol de Antonio Carlos, um paredão ficou estabelecido e o Colorado teve poucas oportunidades.

Uma reflexão deve ser estabelecida. Se um jogador improvisado na posição transmitir maior firmeza, isto não é sinal de que os zagueiros escolhidos pela comissão técnica decepcionaram? A resposta é positiva e geram novas indagações.

Uma delas: por que a Ponte Preta não é capaz de revelar dois zagueiros decentes nas categorias de base para dar conta do recado? Porque neste mundo milionário do futebol a formação de beques é fundamental para economizar recursos e justificar o investimento.

Pense: se dois zagueiros fossem revelados nos corredores do Majestoso não sobrariam recursos para formular outras contratações? Não precisa responder. Você sabe.

Uma única substituição é capaz proporcionar o desprestígio dos contratados. Afinal de contas, Fábio Ferreira estava na reserva no jogo contra o Internacional enquanto que Tiago Alves foi lembrado sequer para compor o banco de reservas. Wendel improvisado na quarta zaga foi a sentença de morte desses atletas. Novas peças devem ser procuradas.

Resumo da ópera: o treinador acordou tarde para fatos óbvios. Pena que o estrago foi feito. Ou dá para ignorar 51 gols sofridos em 35 rodadas? Fica a reflexão.

(análise feita por Elias Aredes Junior)