Por enquanto, Umberto Louzer faz um bom trabalho no Guarani. Não é apenas pelas cinco vitórias, a melhoria da pontuação – 32 pontos – e a nitida evolução no gramado.O comandante bugrino deve ser elogiado porque potencializa virtudes e ameniza defeitos.
O ataque é realizador? Estamos de acordo. São 24 gols em 19 rodadas. Passa de ano. No outro quesito, a equipe ficou com 15 gols sofridos. Detalhe: sob o comando de Louzer, o Guarani não tomou gol em três dos sete jogos. Ou seja, existe um efeito claro do trabalho do dia a dia no gramado.
Isso não pode apagar o fato de que devemos ficar atentos ao que podemos exigir do treinador.
Existe um limite. Um banco de reservas que não surte efeito nem sempre é culpa do treinador. Se os dirigentes não oferecem um up grade nas condições de trabalho, não há como reclamar se o desempenho bater no teto. Sim porque está claro. A pontuação para chegar a primeira divisão será alta. Será preciso mais do 32 pontos no returno para comemorar.
Vou além: pelas partidas apresentadas até aqui, podemos chegar a conclusão que, mesmo se Régis melhorar de produção, se Isaque for mais regular ou soluções forem encontradas nas categorias de base, a luta efetiva pelo acesso só acontecerá com a Superintendência Executiva de Futebol fazendo jus as suas atribuições do estatuto e melhorar a qualidade do elenco. Sem isso, é lutar contra a lógica. Ou procurar o culpado mais fácil, que é o treinador. Seria de bom tom fugir desta armadilha.
(Elias Aredes Junior-Foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)
