Venda de Emerson: valor da transação é o que menos importa na Ponte Preta

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Não existe assunto mais polêmico na atualidade do que a venda do lateral-direito Emerson do Atlético Mineiro a dupla Barcelona\Betis. O Galo Mineiro vai faturar aproximadamente R$ 35 milhões e existem duvidas sobre o valor a ser recebido pela Macaca.

A diretoria do Atlético Mineiro afirma que são R$ 420 mil, algo noticiado no portal do locutor Carlos Batista. O comando da Alvinegra, em postura errônea, considera que a noticia é Fake News e não confirma o valor. Afirma que ficou acima deste patamar. Mas não revela a quantia por causa da questão confidencial de contrato. Por que classificar a noticia de Fake News é errôneo? Porque a notícia é apenas reprodução do que disse um dirigente do time mineiro, envolvido na negociação.

Ouso dizer: o valor é o que menos importa. Interessa discutir quais os motivos que levam a Ponte Preta a depender de uma intermediação doméstica para vender seu jogador. Por que não faturar única e exclusivamente por seus méritos, pois a formação de Emerson aconteceu no estádio Moisés Lucarelli?

Não é o caso de acusar A, B ou C. E sim de fazer uma constatação: A Ponte Preta não tem interlocução no futebol do exterior. Não é conhecida das grandes potências ou equipes médias e pequenas do futebol europeu.

Lembre-se: Emerson chegou ás seleções brasileiras de base ainda com a camisa da Ponte Preta. Automaticamente ficou aos olhos do melhor futebol do plano. Já era um talento promissor. Por que precisou da vitrine do gigante mineiro?

Discussões de valores à parte, o caso do lateral-direito Emerson escancara a necessidade de discussão de um intercâmbio constante e mais próximo da Ponte Preta com o futebol europeu. Estabelecer diálogo e convênios com os principais compradores do futebol mundial para que a dependência de intermediários fique no passado. É o mínimo que se espera.

(Análise feita por Elias Aredes Junior)

2 Comentários

  1. Elias, foi o que eu escrevi dias atrás, esses negócios ou “crimes lesa-base” com garotos da base são feitos exclusivamente pra cobrir rombos financeiros gerados pela incompetência dos dirigentes. Com isso joga-se todo trabalho de garimpagem e aprimoramento técnico no lixo.

  2. Não entendo como erro o adjetivo fake news nesse caso. Reproduzir fala de uma pessoa sem cheque algum sobre o assunto não é atributo de imprensa correta. É sim fake.