Sem planejamento, a Ponte Preta terá um único destino: lugar nenhum

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Chegar à finais é mais fácil do que ser campeão. Em campeonatos de mata-mata como Sul-Americana, Paulista e Copa do Brasil, tudo é possível. Jogos eliminatórios têm dessas surpresas.

O difícil é planejar no médio e longo prazo. Esse é o desafio que ninguém abraça na Ponte Preta. Isso faria o time mudar de patamar no longo prazo. Nada de Troféu do Interior!

A falta de planejamento faz com que contratemos às pencas com pouco – ou sem – critério algum.Todos os anos, desembarca no Majestoso de 15 a 20 jogadores. A maioria deles desconhecidos – chamados de apostas. Para qual finalidade? A resposta é simples: valorizar jogadores dos empresários “parceiros”, que “ajudam” na montagem do elenco.

Na verdade, viramos reféns desse tipo se negócio.

Invariavelmente ocorre que de 2 ou 3 dessas apostas se sobressaiam. Assim conseguem contrato com um time chamado grande. Com maior estrutura e dinheiro, esses atletas vira-e-mexe disputam finais, sejam nos estaduais, nacionais ou internacionais. E pior, lá são campeões! E aqui?

Nesse domingo Lucas Mineiro e Danilo foram campeões da Taça Guanabara! Três meses depois de sair da Ponte, são titulares no Vasco e campeões. É pouco? Primeiro turno de um estadual? Eu não acho. Além deles, Bruno Silva pelo Fluminense disputou a final.

Três atletas valorizados no mercado e a Ponte ganhou o que com isso? Nada! Absolutamente, nada! Se duvidar, ganharemos processos trabalhistas (se deve ao trabalhador tem que honrar).

Nosso ciclo é esse há anos. E nada muda! Sergio Carnielli, Marcio Della Volpi, Vanderlei Pereira, José Abdalla Jr.

Qual desses últimos presidentes pensou no futuro? Os que chegaram à finais, se depararam com o acaso! Nada planejado. Aconteceu! E não por acaso, não venceram.

Recentemente, pouco mais de um ano, sete treinadores! Longo prazo? Planejamento? Competitividade? Competência? Essas palavras passam longe do Majestoso!

O torcedor não quer mais saber de entrar em campeonatos só para disputar. Quer e exige o algo a mais! Arquibancadas vazias é reflexo de administrações com pensamento pequeno e vazio.

Se o torcedor vê poucas perspectivas, qual o motivo dele gastar seu suado dinheiro? Torce pela Ponte, mas se distancia. Nos bastidores, brigas por poder e ego! No campo, falta de vontade e respeito!

Se não houver um choque de gestão e pensamento, o futuro se torna nebuloso e sobrio.

Times de menor expressão, tiveram o início do fim dessa forma: falta se interesse popular.

Claro, que a Ponte é muito grande para isso. Mas a notável falta de interesse dos que viviam intensamente seu dia-a-dia não pode ser desprezado.

(análise de autoria de André Gonçalves- Especial para o Só Dérbi)