Bruno Nazário e os responsáveis por sua carreira, sem dúvidas, estão satisfeitos com a vitrine proporcionada pelo Guarani. Afinal, o jogador chegou a Campinas em baixa, no início de 2017, começou na reserva e, aos poucos, demonstrou predicados indiscutíveis para se credenciar como titular.
O camisa 11 foi peça chave na campanha de manutenção da Série B do Campeonato Brasileiro e liderou o Bugre na campanha de acesso e título da Série A2 do Campeonato Paulista, eleito craque do torneio. Se com o meio-campista o nível técnico e competitivo aumentam, sem ele o sistema defensivo perde muito: velocidade, alto poder de definição e qualidade na bola sofrem consequências. Por tais razões, Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, já confirmou que vai oficializar proposta pelo atleta.
Apesar da discrepância financeira entre paulistanos e campineiros, calme, bugrino. Se há razões para estar pessimista em relação do futuro, também existem motivos para confiança. A identificação de Bruno Nazário com a instituição pode fazer a diferença. No final do ano passado, ignorou a chance de disputar a elite do futebol nacional pelo Paraná e salários maiores para participar da segunda divisão nacional e regional. Para bons entendedores, é a prova de que, nem sempre, amor à camisa e felicidade podem sem comprados.
Com a aposentadoria de Fumagalli, o jogador de 23 anos é o principal ídolo do grupo comandado por Umberto Louzer. A raça em campo e as demonstrações de amor nas redes sociais ainda dão um pingo de esperança ao torcedor alviverde.
Em caso de transferência ao Timão, Nazário não chegaria com status de titular. Pelo contrário, teria forte concorrência com Clayson e Romero pelas pontas e de Rodriguinho na armação. A princípio, desembarcaria na capital para esquentar o banco e ganharia, aos poucos, minutagens em campo. A permanência em Campinas, com titularidade garantida, pode pesar a favor do Guarani.
Com contrato de empréstimo até 30 de junho junto ao Hoffenheim (ALE), Bruno Nazário tem futuro incerto. O coração do bugrino, entre tensão e expectativa, sonha com a permanência do talismã. Afinal, com ele e alguns outros reforços, por que não imaginar o clube na elite do futebol nacional em 2019?
(análise: Lucas Rossafa/foto: Letícia Martins – Guarani Press)