Morre Carlos Alberto Silva, o herói eternizado na história do Guarani

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Considerado o maior técnico da história do Guarani, Carlos Alberto Silva, 77, morreu na manhã desta sexta-feira (20) em decorrência de complicações provenientes de uma cirurgia cardíaca em dezembro.

Campeão brasileiro aos 38 anos, Carlos Alberto teve sua trajetória alterada ao dirigir o Guarani. Proveniente da Caldense de Minas Gerais, o técnico assumiu o time sob o signo do descrédito e desconfiança e na edição da competição nacional em 1978 foi o condutor de um recorde até hoje não alcançado por nenhum clube brasileiro: uma sequência de 11 vitórias , incluindo as da semifinal contra o Vasco e diante do Palmeiras.

No ano seguinte, novo ineditismo pois conduziu o Alviverde campineiro ao quarto lugar da Copa Libertadores de América, algo só superado por equipes médias e pequenas em 2002, quando o São Caetano decidiu a competição contra o Olímpia.

Posteriormente, Carlos Alberto teve outras cinco passagens no Brinco de Ouro. Na primeira, em 1984, conduziu o time bugrino ao sexto lugar com 43 pontos em 38 rodadas.Na época, as vitórias valiam dois pontos. O retorno aconteceu em 1994, quando foi o condutor de uma equipe cheia de jogadores loucos por projeção como os atacantes Amoroso e Luizão. A contusão do primeiro atrapalhou os seus planos e fez com que fosse eliminado nas semifinais diante do Palmeiras.

Dois anos depois, Carlos Alberto Silva atuou como bombeiro. O então técnico José Luis Carbone era o comandante da equipe que estava nas primeiras posições do Campeonato Brasileirão. Posteriormente, após ser derrotado pelo Sport e jantar com os dirigentes do adversário, o técnico despertou a fúria em Beto Zini que demitiu a comissão técnica e contratou Carlos Alberto Silva para buscar o título brasileiro. Não deu. O time foi eliminado nas quartas de final para o Goiás.

Sob o comando da administração José Luis Lourencetti, Carlos Alberto Silva trabalhou em duas oportunidades. Na primeira, em 1999, conduziu o Guarani a oitava posição do Brasileirão e foi eliminado na rodada inicial do Mata mata para o Corinthians, que sagrou-se campeão.

Dois anos depois, o pior momento: no Paulistão de 2001, em uma competição com 16 equipes, o Guarani não venceu a Portuguesa Santista na última rodada (empate por 0 a 0) e foi rebaixado na penúltima posição com 15 pontos. Mesmo assim, não há como fugir da constatação: está eternizado como herói na história do Guarani.

(texto e reportagem: Elias Aredes Junior)