Fabinho Moreno, Eberlin, Carnielli e o erro daqueles que querem editar a história da Ponte Preta

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Fabinho Moreno será o técnico interino da Ponte Preta. Vai preparar o terreno para João Brigatti, pronto para assumir a partir de segunda-feira. Teve uma entrevista coletiva dosada de emoção. Recordou a passagem do pai, Roberto Moreno, pelo Majestoso e sua ausência por um período de 10 anos do clube.

Inconscientemente procurou estabelecer uma relação cordata com os jornalistas e apagar as últimas incursões de Gilson Kleina nas entrevistas coletivas. “Antes de começar a entrevista, eu gostaria de agradecer vocês por sair cedo de casa, fazer perguntas para a gente, escutar o que a gente tem a dizer. E assim, é muito gratificante. Passei quase uma década fora, tive a oportunidade de ser campeão de um monte de coisa bacana, mas quando você volta para casa e vê o respeito que as pessoas têm por mim e principalmente pelo meu pai é legal para caramba”, afirmou Fabinho.

Fabinho é qualificado. Como o pai era. Andou pelo mundo da bola e teve respaldo. Personagens foram decisivos em sua formação. Tanto dele como do pai dele. Se ele iniciou sua trajetória em 2003, é impossível esquecer o nome de Marco Antonio Eberlim, que ao lado do técnico Abel Braga e do médico Danilo Villagelim foram vitais para tirar a Macaca do rebaixamento naquele. Certamente a formação de Fabinho Moreno teve algum tipo de colaboração por parte de Eberlim. Ignorar tal fato é editar a história.

Não só por isso. Muitos profissionais que passaram pela Ponte Preta e que estão no clube foram lapidados ou conviveram com Eberlim. Que pecava pelo excesso de defensivismo nos seus conceitos. Mas se hoje o mundo do futebol tem alguém como Fabinho Moreno foi por intermédio de Eberlim que tudo começou.

E porque Fabinho não cita? O que impede? Simples: Eberlim é adversário político de Sérgio Carnielli. Que por sua vez não tem a generosidade suficiente de entender que ninguém faz sucesso sozinho. Reconhecer a colaboração dos semelhantes é dádiva daqueles que possuem empatia. E que reconhecem: somente a força do conjunto sustenta de pé uma instituição como a Ponte Preta.

(Elias Aredes Junior)