A sinceridade do zagueiro Ferreira faz bem ao futebol e ao Guarani

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Não existe nada melhor do que conviver e lidar com pessoas sinceras. A ética delas é irrepreensível e só faz bem ao ambiente. O zagueiro Ferreira mostrou que enquadra-se neste clube ao confessar na entrevista coletiva desta quarta-feira de que cometeu pênalti sobre André Luiz no dérbi realizado no dia 25 de agosto. “Depois eu vi o lance e realmente toquei no jogador. Não vou ser hipócrita de dizer que não foi pênalti. Foi pênalti, sim. Mas fui abençoado por Deus naquele momento. Acho que sou um cara iluminado. Se ele desse aquele pênalti, poderia ser uma coisa muito ruim”, confessou o beque.

A declaração dele encerra as discussões do clássico e deixa algumas lições. O torcedor campineiro precisa aprender a separar a razão da emoção. O lance foi claro, a falta foi cristalina e torcedores bugrinos ainda vieram dizer que este jornalista, por exemplo, estava com má vontade. Nada disso. Constatei o óbvio e Ferreira confirmou.

Ao dizer que foi abençoado, Ferreira no fundo confessa que sua absolvição teve um dedo de uma arbitragem desastrosa. E que em conjuntura normal, Pará também não escaparia da expulsão.

Com sua transparência, Ferreira demonstra por A mais B que não dá mais para conviver com paixões exacerbadas em jogos que movimentam milhões e possuem um alcance inimaginável.

Que os torcedores bugrinos tenham sabedoria e saibam entender não existe apenas arbitragem danosa, mas também aquelas que beneficiam.

(análise feita por Elias Aredes Junior)