Análise Especial: os jogadores precisam assumir suas responsabilidades na preservação da saúde e no combate ao coronavirus

0
801 views

Ao ouvir na madrugada desta quarta-feira uma entrevista na Rádio Gaúcha com o presidente do Internacional, Marcelo Medeiros, sobre os preparativos do colorado para o andamento da temporada, cheguei a conclusão de que jogadores de futebol deveriam receber um tratamento mais rígido em relação as suas responsabilidades frente a pandemia que vivemos.

Que o vírus é letal e perigoso, você está careca de saber. Que os jogadores de futebol tem mais condições de recuperação em virtude de sua condição atlética disso ninguém tem duvida. Agora, o dirigente gaúcho chamou atenção para um detalhe que pode ser refletido nos jogadores de Ponte Preta e Guarani.

Atletas que atuam em torneios de alto nível, mesmo que recebam salários em torno de R$ 10 mil a R$ 20 mil levam uma vida totalmente diferente do trabalhador brasileiro comum.

Primeiramente porque tem carro á disposição. Não se submetem ao precário transporte coletivo, que comprovadamente é um dos principais focos de transmissão da Covid 19. Muitos desses atletas tem pessoas que lhe fazem serviços particulares como compras em supermercados, pagamento de boletos em bancos, entre outras tarefas. Ou seja, ficam fora da zona de risco.

Pense por um minuto. Se eles gozam de todas essas prerrogativas como explicar que alguns estejam contaminados? Só na divisão de elite, de acordo com levantamento do Estadão são 95. Se eles e seus familiares ficam em quarentena a chance de contaminação diminui consideravelmente. Ou deveria.

Fica inexplicável entender o que leva essas pessoas a frequentar churrascos, peladas e confraternizações ao invés de se resguardarem. E se são jogadores de Ponte Preta e Guarani o prejuízo é ainda maior. E já tivemos casos de comportamento errático tanto de um lado como de outro. Deveriam compreender que o bolso de suas equipes é curto. Perder um atleta por 14 dias ou mais é prejuízo na certa.

Moral da história: está na hora de tratar essa turma como adulta. Vivem em uma bolha e muitos não reconhecem.

(Elias Aredes Junior)