Análise Guarani: o futebol salva o Guarani de cometer um equívoco, a de depreciar Daniel Paulista

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O Guarani venceu o Novorizontino e respirou aliviado na Série A-1 do Campeonato Paulista. Está com sete pontos e agora ganha tranquilidade para buscar primeiro a manutenção e depois a classificação. Mas não existe ninguém mais satisfeito e aliviado do que o técnico Daniel Paulista.

Desde maio do ano passado no Brinco de Ouro, o técnico bugrino estava sendo fortemente contestado pela torcida. Muitos queriam sua demissão. Especialmente pela atuação pífia contra o Botafogo.

Esquecem das trapalhadas na montagem do elenco feitas pelo superintendente executivo de futebol, Michel Alves e o calendário apertado que promove 12 jogos em curto espaço de tempo. Um desafio e tanto. Vencido por alguns, como o São Bernardo, mas que não deveria ser o normal.

Negar tais obstáculos é flertar com a desonestidade intelectual. Além disso, considero que muitos bradam a troca de treinador sem pensar nas consequências.

Ok, digamos que vai se buscar um outro profissional.

A pergunta: o Guarani tem condições de pagar com suas próprias pernas um profissionais de maior qualificação profissional? Tem condições de contratar um pacote de Comissão Técnica por R$ 200 mil, R$ 300 mil mensais? A resposta é única: não. Um outro treinador, com padrão salarial semelhante faria melhor? Difícil traçar a perspectiva.

Apesar de algumas decisões equivocadas, Michel Alves e Ricardo Moisés acertam na parte financeira. Não podem fazer loucuras. Sim, por que do que adianta contratar um técnico “top de linha” e posteriormente ver tudo desabar no futuro com uma ação trabalhista? Sim, é duro, frustrante. Mas é o preço que se paga por anos e anos de irresponsabilidade.

Daniel Paulista pode não ser um gênio da bola. Mas no geral faz um trabalho digno e correto. Patrocinar uma troca a essa altura do campeonato é correr riscos desnecessárias. Especialmente na saúde financeira.

(Elias Aredes Junior-Foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)