Análise: Lisca deve permanecer ou sair do Guarani? Veja os argumentos e tire suas conclusões

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Lisca deve  permanecer no Guarani? Ou não? Apesar da campanha de permanência na Série B do Campeonato Brasileiro, a resposta não é tão simples. Os desafios para 2018 serão imensos e os acertos deverão começar a partir de agora para que os remendos não apareçam na hora do sufoco.

Primeiro as vantagens. Ficar com Lisca daria um ar de continuidade ao trabalho, algo que não aconteceu no ano passado com o desligamento de Marcelo Chamusca. O profissional já conhece o clube, a sua estrutura, os dirigentes, boa parte dos jogadores e teria uma noção de como conduzir o trabalho.

Renovar com Lisca seria restabelecer o pacto com o torcedor, que confia e gosta de seu trabalho. O Alviverde contaria com um profissional de boa experiência no trabalho de campo, alguém com uma visão de clara de futebol e capaz de proporcionar bom posicionamento no gramado. Sem contar a facilidade que teve em estabelecer um acordo com os jogadores veteranos como Richarlyson e Fumagalli, fundamental para assegurar os pontos necessários.

Em contrapartida, existem requisitos que não podem ser desprezados. Seu aproveitamento não foi satisfatório com 37% dos pontos disputados. Ficou muito longe da performance que teve no Ceará com aproveitamento geral de 68,96%. Além disso, conflitos com o volante Evandro e o goleiro Vagner exibiram sua face explosiva. Em uma longa temporada de 12 meses, Lisca será um fator de aglutinação como foi nestes 45 dias de Guarani?

Ficar com Lisca será um tiro no escuro em relação a Série A-2. Todos sabem sua dedicação aos estudos dos adversários. Entretanto, a Série A-2 tem particularidades que sem o devido cuidado o sonho do acesso pode ir pelo ralo. Basta dizer que neste ano o Guarani, após as frustrantes passagens de Ney da Matta e Mauricio Barbieri só entrou nos eixos com Vadão, que além de conhecer o Guarani é um intimo frequentador do futebol paulista. E quase fez diferença.

O Conselho de Administração discute e debate a renovação. Existem elementos para conduzir por um caminho ou por outro. Que seja escolhida a opção mais coerente para o Guarani.

(análise feita por Elias Aredes Junior)

3 Comentários

  1. A decisão não é mesmo fácil, Elias. Além dos motivos listados para a permanência, eu adicionaria mais um: Lisca está com muita vontade de apagar sua imagem de “bombeiro”. Está doido para construir uma campanha desde o começo e está enxergando, no Guarani, essa oportunidade. Isso é muito bom.

    Quanto à Série A2, pesa o fato de Lisca não ter disputado torneios na divisão, ao menos pelo que eu saiba. Mas o que me tranquiliza, nesse ponto, é que Luciano Dias é especialista nessa divisão.

    A decisão é, de fato, complicada. É um tiro no escuro. Mas eu, como torcedor, prefiro que eles fiquem com o Lisca do que tragam outro treinador que acabe sendo um “Marcelo Cabo”, entende?

  2. Depois de ver o video do Palmeron na coletiva de imprensa pós jogo, eu fico com um pé atrás no quesito planejamento. Não sei quem vai comandar o depto de futebol.

    Considero o Lisca um treinador motivador, não inventa, tem boa leitura dos jogos, fala a lingua da boleirada, soube mexer com o emocional dos atletas e salvou o time do rebaixamento. Realmente pesa não saber o que é uma série A2 (campeonato de tiro curto, muita correria e pouca técnica), além do fato de ter que lidar com um elenco sem medalhões, com uma folha salarial menor que a da série B, mais enxuto e aproveitando muitos jogadores da base (pelo menos é o que eu imagino).

    Gostaria que ele aceitasse esse desafio. Se não ele, existem treinadores com grande conhecimento de série A2, vide Luis Carlos Martins, Moises Egert.

  3. Lisca pode ate não conhecer a A2, mas como ele mesmo já falou em uma coletiva, ele já trabalhou na segunda divisão do gauchão, e ledo engano, tbm é competição de tiro curto… Alem de ter o Luciano Dias no departamento de futebol que já conhece, e bem a divisão…
    Querer trocar de técnico, pq esse não conhece o campeonato é pedir pra já começar errando, vide esse ano, que não conseguiram manter o Chamusca e deu no que deu.. Nei da Mata (Até hoje tento entender a escolha desse cara pro lugar do Chamusca, vide que ele tem um estilo de jogo completamente oposto do GUarani e do Chamusca). Dps vem Mauricio Barbieri e a “modernidade do futebol ¬¬ e por fim Vadão…
    Pra um campeonato de tiro curto é mto técnico não ?
    Se pensar que tivemos mais dois em 1 anos, chegamos a 5 técnicos em 12 meses, quase 2 meses de trabalho pra cada, obviamente não vai dar certo…
    Agora mantendo LIsca, como foi falado, da um ar de continuidade, de organização, de gestão, que é o que o GFC precisa no momento…
    Sou mil vezes Lisca do que vir algum nome de serie A2 e não aguentar a pressão que é trabalhar no Guarani…