Análise Ponte Preta: qual será o rumo do futebol em 2020? Ou não existe direção? As mentes serão abertas?

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Em certos momentos as entrevistas coletivas tem um perfil conflitante. São necessárias e descartáveis. Ao mesmo tempo. Você terá neste Só Derbi as declarações do executivo de futebol, Gustavo Bueno. Ele certamente vai enumerar os motivos que provocaram a demissão de Gilson Kleina, os possíveis substitutos, etc, etc, etc.

Duro é constatar que sem resolver alguns pontos conceituais todo e qualquer decisão fica manca. Duas perguntas desnudam tal situação.

Qual o pensamento de futebol da Ponte Preta? De que maneira gostariam de ver a Macaca no gramado? Ofensiva? Defensiva? Veloz nos contra-ataques? Cadenciada no meio-campo? Atuando na base da força física e na base da imposição e com ligação direta como Gilson Kleina?

Dá para dizer com clareza:  Zé Ricardo e João Brigatti, hoje candidatos ao trono são bem diferentes de Kleina. Na personalidade e na filosofia de trabalho. Sinal de que estamos quase em março e o  colegiado de futebol  está desorientado.

A questão financeira não pode ser descuidada.

Quanto custará o novo treinador? Está dentro do orçamento do clube? Ou a agremiação ficará em palpos de aranha para cumprir seus deveres financeiros? A Ponte Preta consultou Guto Ferreira que recusou o convite. Especulações de mercado dizem que o pacote com ele, André Luis e Alexandre Faganelli, seus auxiliares, tem um custo mínimo de R$ 170 mil mensais.

Digamos que ele tivesse aceitado. A Ponte Preta teria possibilidade de arcar com tal custo? Pois é.

O fato é que a Ponte Preta não pode personalizar seus problemas. Gilson Kleina pode dar certo em outra agremiação. Seria normal. O anormal é a Macaca ignorar que a estrutura e a filosofia de trabalho são pilares para transformar sonhos em realidade. Fora disso é jogar para a torcida.

(Elias Aredes Junior)