Análise: qual o significado da nomeação de Michel Alves como novo manda-chuva do futebol do Guarani?

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Gestos prenunciam atitudes. Desvendam tendências. O Guarani anunciou a contratação do ex-goleiro Michel Alves como seu novo superintendente de futebol. Ficará até o final do Campeonato Paulista.

Será o responsável direto pela montagem do time. De certa forma é uma vitória de Thiago Carpini nos bastidores. Nomeou para ser seu superior alguém com seu perfil: jovem, estudioso e com desejo de vencer. Vai discutir a montagem da equipe de igual para igual, sem risco de imposição de ideias.

O ex-goleiro foi o responsável pela montagem do Cuiabá. E só. Um belo cartão de visitas, se levarmos em conta que em momento algum a equipe da região centro-oeste correu risco de rebaixamento. Mais: flertou com o acesso.

O comandante do futebol, entretanto, vai lidar com um novo cenário. No Cuiabá, sua preocupação era reportar apenas aos irmãos Dresch, os proprietários da agremiação. Agora, terá que montar o time, dar respaldo ao treinador e ainda lidar com os conflitos políticos e evitá-los que prejudique o vestiário. É um desafio e tanto.

Tanto Michel Alves como Carpini sabem que a manutenção é a missão primária. Se obtiverem a passagem para as quartas de final em um grupo com Bragantino, Corinthians e Ferroviária, as portas do mercado estarão abertas. E o Guarani ganhará dois profissionais valorizados e que certamente vão impor dificuldades para permanência.

A diretoria toma decisão acertada. Contrata alguém antenado com o mercado e não vai gastar horrores. E define uma linha de trabalho. Não é pouco. (Elias Aredes Junior)