Antigas promessas, versáteis e com experiência na Série B: quem são os primeiros reforços do Guarani

O Guarani anunciou nesta terça-feira, 12, o primeiro pacote de reforços para a temporada de 2018. O presidente Palmeron Mendes Filho havia prometido de três a cinco contratações para o início desta semana e cumpriu a promessa com a divulgação dos quatro atletas que vão se juntar ao elenco de Fernando Diniz a partir da próxima sexta-feira, no Brinco de Ouro, na reapresentação do time. Mas quem são estes jogadores? O Só Dérbi te ajuda nessa questão.

RONDINELLY – 26 anos, meia

O mais conhecido da lista é o meia Rondinelly. O atleta de 26 anos atuou com a camisa do Botafogo-SP após ser dispensado pelo Grêmio, mas não apresentou grande futebol em Ribeirão Preto e chega ao Guarani com objetivo de retomar o futebol apresentado em 2012. Na época, ele foi destaque do Campeonato Goiano com a camisa do Vila Nova, que tentou de todas as formas evitar sua saída. Foi contratado a pedido de Luxemburgo pelo Grêmio por R$ 500 mil e chegou com apelido de Rondiquelme, alusão ao argentino Juan Román Riquelme, mas sentiu a pressão.

Jogou 14 partidas, a maioria delas entrando na segunda etapa. Não marcou gols, mas ganhou apreço da torcida pelos dribles. Poderia ganhar mais espaço no Tricolor Gaúcho, mas foi envolvido em uma negociação por Barcos e emprestado ao Palmeiras no projeto Série B com Gilson Kleina. A exemplo do que aconteceu em Porto Alegre, não recebeu chances e passou a rodar o Brasil vestindo camisas de Portuguesa, Macaé, Londrina, Luverdense e conheceu Fernando Diniz no Audax. Foram 12 jogos com o time osasquense e três gols marcados, o suficiente para ter o nome solicitado pelo treinador no Guarani.

ERIK – 22 anos, atacante

Outro ex-gremista é o atacante Erik. O jogador de 22 anos atuou com a camisa do Luverdense na última Série B e foi expulso no encontro com o Guarani na penúltima rodada, no Brinco de Ouro. O jogador foi revelado pelo Tricolor Gaúcho, em 2014, por Felipão. O treinador recomeçava a carreira após o 7 a 1 com a Seleção Brasileira e solicitou a volta de Dudu, hoje no Palmeiras, mas com o clube gaúcho apertado financeiramente, Felipão optou pela promoção do jovem Erik.

Erik atuou em três jogos no Brasileirão e chamou atenção do empresário Assis, irmão de Ronaldinho Gaúcho. Foi emprestado no primeiro semestre de 2015 para adquirir experiência no Veranópolis com a expectativa de receber mais chances no Grêmio, o que não aconteceu. O forte temperamento e a contratação de jogadores com a carreira consolidada no time de Porto Alegre prejudicaram uma sequência de Erik. Foi emprestado ao Juventude, Lajeadense e chegou no Luverdense no início do ano.

O atacante é do tipo que não tem intimidade com o gol. Prefere atuar pelo lado do campo, principalmente o direito, com jogadas de velocidade e dribles, mas fez um segundo semestre apagado com o Luverdense. Após desentendimentos com o treinador Júnior Rocha, foi para o banco de reservas, mas receberá uma nova chance no Bugre. O jogador rejeitou propostas para atuar no futebol pernambucano em 2018 e terá a primeira experiência no futebol paulista.

RICARDINHO – 28 anos, volante/lateral

A marca de polivalente se encaixa no perfil de Ricardinho e agrada ao técnico Fernando Diniz. O nome do jogador de 28 anos foi indicado pela comissão técnica pela facilidade em atuar em diversas posições. Revelado pelo Goiás em 2008, Ricardinho é um atleta baixo (1,75m), mas com muita velocidade. Em todos os clubes que passou como Rio Branco, Vila Nova, Avaí, Paraná e Criciúma, atuou não só como volante, mas também desempenhou a função de lateral. Levando em consideração a metodologia de trabalho de Diniz no Audax, Ricardinho pode realizar inversões com Lenon nas variações táticas do Bugre.

Ricardinho chega com status de titular no Guarani. O atleta não ficou no banco de reservas em nenhum clube que passou. Nas últimas duas temporadas com o Criciúma, foram 87 jogos com quatro gols marcados.

HÉLDER – 33 anos, volante/lateral

A versatilidade também faz parte da carreira de Hélder. O mais experiente dos reforços não teve um 2017 positivo e também chegará ao Guarani com a sensação de recomeço na carreira. Revelado no futebol cearense em 2005, o jogador, que começou como volante, mas também atua como lateral-esquerdo, demorou para engrenar. Seu grande momento foi vestindo a camisa do Bahia entre 2010 e 2013. Foi titular no time de Salvador por quatro temporadas e realizou 140 jogos com o Tricolor de Aço.

Hélder foi emprestado em 2014 ao time do Coritiba e fez um razoável Campeonato Brasileiro. Recebeu o convite para renovar com o Coxa, mas não repetiu o mesmo desempenho e foi emprestado ao Paraná. Desde então, caiu de produção e vem de duas temporadas fracas. Ficou encostado no Bahia em 2016 e atuou apenas no primeiro semestre com a camisa do Figueirense antes de ser dispensado. Chega sob desconfiança no Brinco de Ouro, mas confiante que é o momento para recomeçar.

REAPRESENTAÇÃO
O Guarani se reapresenta nesta sexta-feira, no Brinco de Ouro, na apresentação do técnico Fernando Diniz aos jogadores. Além das quatro contratações, o Bugre já tem 13 atletas confirmados para 2018. O goleiro Passarelli, os zagueiros Philipe Maia e Willian Rocha, os laterais Lenon, Kevin e Salomão, os volantes Baraka, Denner e Pablo, os meias Vitor Braga e Fumagalli, além dos atacantes Serafim e Elias.

(texto e reportagem: Júlio Nascimento)