A renovação de contrato de Kevin e a realidade: o Guarani não quer um técnico e sim um operador de milagres

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O Guarani utilizará o final de 2017 para construir 2018. Começará a pré-temporada na sexta-feira com Fernando Diniz e anunciou um pacotão de reforços e de renovações, estas últimas que suscitam mais dúvidas do que certezas.

Daqueles que permanecem no Brinco de Ouro, apenas o zagueiro William Rocha justifica a aposta. Teve boas apresentações na Série B do Brasileirão, é eficiente na jogada aérea e exibe qualidade na saída de bola, atributo precioso quando o oponente está no ataque. Ponto para a comissão técnica e os responsáveis pelo futebol.

No restante, o torcedor terá que fazer uma reflexão. No caso de Baraka, o seu desempenho foi satisfatório. Exerceu liderança no gramado e no vestiário. É limitado sim, mas com força de marcação e boa noção tática. Duro é constatar que ele, em condições normais, não terá espaço no time de Fernando Diniz, caso a valorização da posse de bola vire mantra. Sinal de que o treinador vai apelar ao Feijão com Arroz? É caso para aguardar, assim como Denner, que nunca convenceu durante a segundona nacional.

No caso de Philllipe Maia, a explicação que encontro é uma aposta renovada. Explico: quando foi contratado no início deste ano, o jogador vinha de um histórico de lesões, mas o então responsável pelo futebol, Marcus Vinicius Beck Lima, considerou que existia a possibilidade do garoto retomar a boa fase com a camisa bugrina. Como encarou algumas lesões com a camisa alviverde, a renovação abre espaço para que seu futebol apareça.

Poderia pesquisar outros argumentos para justificar a renovação de contrato destes jogadores citados. Agora. por enquanto, é impossível encontrar dados e estatísticas que justifiquem a presença de Kevin no elenco bugrino em 2018. Atuou por 11 vezes e nunca convenceu.

Protagonizou lances bisonhos, erros primários de marcação e foi explorado a exaustão. Nos treinamentos, também decepcionava e justificativa ser a última opção dos treinadores Oswaldo Alvarez, Marcelo Cabo e Lisca. Só teve um sobressalto de qualidade quando atuou como meia com Cabo. Pode ser utilizado nesta posição com Fernando Diniz? Tomara que esta seja a resposta, porque como lateral não dá.

Por aquilo que demonstrou na Série B, Kevin deveria receber as verbas rescisórias, ser devolvido e buscar novos caminhos. A decisão de sua renovação é um sinal de que a diretoria não espera Fernando Diniz como treinador e sim como operador de milagres.

(análise de Elias Aredes Junior)

2 Comentários

  1. Penso que, jogando adiantado, o jogador pode render muito mais do que de lateral. De qualquer maneira, será o famoso jogador para “compor” o elenco.

  2. Assim como acho que o Salomão, se jogar adiantado, sem tanta responsabilidade defensiva, pode ser bem mais aproveitado do que como lateral…