Apodi entra na moda de criar um inimigo externo responsável pela má fase da Ponte Preta. Até quando?

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A Ponte Preta não joga um futebol de qualidade em 2020. A torcida reclama. Não somente pela ausência de algo mais virtuoso, mas pela ausência de evolução. O técnico Gilson Kleina sabe que somente as vitórias lhe darão tranquilidade. Fora disso, é tormento e ameaça constante de demissão.

E como sair da cilada? Trabalho, planejamento, dedicação e competência. Esta é a receita. Na Macaca nada é normal. Agora, o expediente preferido é encontrar inimigos externos. É só verificar a declaração do lateral e atacante Apodi. “Algo tem que melhorar, mas tem que ser feito internamente, não é para ser exposta. Quando expõe alguma coisa, sempre procuram alguma coisa para poder sacrificar, é assim que trabalha a imprensa, mas faz parte do trabalho. Tem que tentar corrigir aqui dentro”, disse.

Os anos passam, novos meios de comunicação são desenvolvidos e os jogadores de futebol nutrem dificuldade em entender o papel da imprensa. Que não está no cotidiano dos clubes para torcer. Ou passar pano. Ou ser parceiro dos atletas. Nossa função é cobrir os fatos, analisar as tendências e fiscalizar o poder constituído.

Relatamos apenas o que vimos no gramado. E atualmente não é nada bom. Se Apodi quiser uma mudança de discurso é simples: jogue bola a partir do jogo contra o Ituano e haverá motivos para sorrir com o noticiário. Enquanto a incompetência pairar no piso de jogo não há nada para fazer.

Eleger a imprensa como inimiga apenas revela uma visão superficial e infantil que os jogadores têm sobre um ramo essencial da sociedade. Uma pena.

(Elias Aredes Junior)